Em abril, a alimentação básica dos paraenses sofreu novos reajustes, pelo quarto mês consecutivo. A alta no mês chega a 5,25% e o reajuste acumulado neste ano é de 11%, quase quatro vezes o valor da inflação calculada para o período. Os vilões da cesta básica foram o tomate, o feijão, a farinha e o leite. A constatação é do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico.
Em abril, a cesta básica, composta de 12 produtos, custou R$ 227,04, com um reajuste de preço de 5,25% em relação a março, quando custava R$ 215,72. Ainda de acordo com o balanço, quase todas as 17 capitais pesquisadas apresentaram aumento de preços. A exceção foi Goiânia, que registrou uma pequena queda.
Os reajustes mais expressivos ocorreram nos seguintes produtos: tomate, com alta de 24,05%; seguido do feijão, com reajuste de 5,92%; farinha de mandioca, com 5,02%; leite, com 4,63%; e o açúcar, com alta de preço de 1,19%. Alguns produtos registraram quedas de preços, entre eles o óleo de cozinha, com um recuo de 7,12%; seguido do arroz, com 1,96%; da manteiga, com queda de 1,62%; café, com 1,46%; e carne bovina, com 0,18%.
‘Em abril, o custo da cesta básica para uma família padrão paraense, composta de dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 681,12, sendo necessários, portanto cerca de 1,3 salários mínimos para garantir as mínimas necessidades do trabalhador e sua família, somente com alimentação’, analisa o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena.
Ainda com base na pesquisa, para comprar os 12 itens básicos da cesta, o trabalhador paraense comprometeu 48,39% do salário mínimo e teve que trabalhar 97 horas e 56 minutos das 220 horas previstas em Lei.
Janeiro a abril
Nos quatro primeiros meses de 2010, o reajuste de preço acumulado é de 11,12%. No mesmo período, a inflação estimada não chega a 3%. As altas mais expressivas foram feijão, com alta 54,55%; tomate, com crescimento de 33,02%; farinha, com 28,30%; açúcar, com 16,89%; leite, com 3,20%; e carne, com reajuste de preço acumulado este ano de 3,18%.
No mesmo período, alguns produtos apresentaram recuo de preços. São eles: óleo de cozinha, com queda de 14,19%; e a manteiga, com redução de preço de 3,12%. (Portal ORM)




