A Casa de Prisão Provisória de Palmas tem capacidade para 260 presos, mas abriga 739. Isso significa que a superlotação na unidade ultrapassa 280%. A informação é da Defensoria Pública do Tocantins. O órgão informou que há celas no pavilhão B que deveriam ter quatro detentos, mas há 15 cumprindo penal no mesmo local.
O levantamento foi feito durante um mutirão realizado na unidade. A CPP fica na região sul da capital e tem 440 presos provisórios e 299 condenados divididos em 60 celas.
A Defensoria disse que a superlotação é o maior problema na unidade. Durante o dia de visitas, que ocorre uma vez por semana, nem todos os parentes conseguem entrar.
Na última sexta-feira (6), os presos iniciaram um princípio de motim na unidade. Segundo a Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça, agentes e policiais militares foram até o local para realizar uma ação com o objetivo de manter a ordem dos detentos. Informou também que não houve reféns e que a atitude dos presos não chegou a ser uma rebelião.
Durante o mutirão da Defensoria na CPP, os detentos reclamaram da falta de água e que à noite não há espaço para colocar os colchões no chão. Por causa disso, eles revezam o horário para dormir, dividem os colchões e colocam redes. (G1)
