O banco de reservas pode ser um lugar privilegiado para o jogador de futebol. De lá ele observa o desenrolar da partida, os pontos positivos e negativos do time e, se entrar, pode mudar o panorama do jogo. Foi o que aconteceu com o atacante Rafael Oliveira. O atleta observou, atento, todo o primeiro tempo do embate contra o Macaé, e foi essencial para o Papão sair com 2 a 0 de Paragominas-PA, na tarde desta sexta-feira, e seguir firme no objetivo de garantir o acesso para a Série B de 2013.
– Estava ali, ansioso, louco para entrar. O time deles estava retrancando, mas sabia que assim que saísse o gol a gente conseguiria jogar, fazer aquele jogo que o Paysandu fez nas últimas partidas. Fizemos dois gols, podíamos fazer mais, agora é trabalhar para o jogo de volta. Não é fácil jogar com a pressão de ter que fazer esse torcedor feliz. Nós, jogadores, nos doamos para que essa massa saísse daqui festejando – disse.
Ao final do jogo, sorrindo, acenando para a torcida, Rafael Oliveira não deixava de olhar para o banco de reservas. Talvez soubesse que, às vezes, é muito melhor ser um 12º jogador e ser decisivo, estar no momento certo, na hora certa. Ser iluminado. Sim, Rafael se considera iluminado, pois já havia marcado contra o Macaé, por duas vezes, no título da Série D do São Raimundo, em 2009. Será um bom sinal?
– Esse gol foi um momento especial. Sempre peço a Deus para me iluminar, e com o apoio do Lecheva, dos meus companheiros e do presidente (Luiz Omar), consegui ajudar o Paysandu. Relembrei aquele titulo com o São Raimundo e na hora do gol até saiu lagrimas. Respeito o Macaé, mas se tiver oportunidade vou fazer os gols que aparecerem. Sou iluminado. A minha estrela voltou a brilhar – finaliza. (Globo Esporte)