Parecia que o Paysandu aplicaria uma goleada sobre o Icasa. Mas foi só impressão. Os paraenses venceram os cearenses por 3 a 2 no sufoco nesta sexta-feira, no jogo de ida pelas semifinais da Série C do Campeonato Brasileiro, na Arena Verde, em Paragominas, cerca de 300 quilômetros da capital do estado. Depois de abrir 3 a 0 com 35 minutos de partida, o Papão diminuiu o ritmo no segundo tempo e quase cedeu o empate ao Verdão do Cariri.
Na próxima quinta-feira, no estádio Romeirão, o Paysandu tem a vantagem do empate para se classificar à decisão. Pode até perder por diferença mínima, desde que faça mais de dois gols. Derrotados apenas duas vezes em Juazeiro do Norte, o Icasa garante a vaga se ganhar por 1 a 0, 2 a 1, e dois ou mais de vantagem. Se vencer por 3 a 2, decide nos pênaltis.
Na outra semifinal, Chapecoense e Oeste começam a se enfrentar neste sábado, às 19h (de Brasília), na Arena Condá.
Paysandu avassalador no primeiro tempo
O jogo começou equilibrado, mas foi o Icasa que chegou ao ataque primeiro com o lateral Índio. Ele foi lançado em profundidade e cruzou na área do Paysandu, mas a bola ficou fácil para a defesa de João Ricardo. No lance seguinte, foi a vez do time da casa responder. Pikachu lançou Rodrigo Fernandes e o lateral tentou cruzar, mas a bola acabou saindo pela linha de fundo.
Não demorou, no entanto, para o Paysandu abrir o placar. Alex Gaibú recebeu e avançou, sentiu que a marcação estava desatenta e chutou colocado, abrindo o marcador. Paysandu 1 a 0. O Verdão do Cariri, no lance seguinte, respondeu com Eder. O meio-campista chutou muito forte da lateral, mas a bola subiu demais e passou direto por trás do gol de Mauro.
Mesmo com maior posse de bola depois de tomar o gol, o Icasa levou o segundo aos 14 minutos. O time cearense saiu errado no meio-campo, Leandrinho tocou para Rafael Oliveira, ele também se atrapalhou e a bola acabou sobrando para Alex Gaibú, que tocou na saída do goleiro Mauro. Papão da Curuzu 2 a 0.
Aos 17 minutos, o Icasa teve boa oportunidade com Índio em cobrança de falta. O jogador bateu forte e obrigou João Ricardo fazer grande defesa. Desde então, foram os paraenses que dominavam as principais ações, já que o Icasa precisou sair para o jogo. O lateral Rodrigo Fernandes protagonizou outro lance importante. Ele passou pela zaga e chutou. Atento, Mauro jogou para escanteio.
O terceiro do Papão foi amadurecendo e aconteceu de forma despretensiosa. Em uma cobrança de falta do meio da rua, o atacante Kiros chegou ao seu oitavo gol. Ele mandou uma bomba e a bola passou pela barreira e foi parar no fundo das redes do goleiro Mauro. Era o terceiro do Paysandu aos 35 minutos da etapa inicial.
Icasa encosta no placar no segundo tempo
O segundo tempo começou morno, com as duas equipes se estudando um pouco. Paysandu tentou um lance individual com Kiros, mas o bandeirinha já havia marcado o impedimento. Aos três minutos, contudo, veio o banho de agua fria para os paraenses. Em boa descida ao ataque, o Verdão chegou ao primeiro gol. O volante do Paysandu Leandrinho mandou contra: 3 a 1.
Muito confiante nas tentativas de fora da área, o atacante Kiros mandou um “balaço” na trave aos dez minutos. Sentindo a necessidade de dar mais movimentação ao ataque, o técnico Lecheva fez a primeira mudança aos 15 minutos. Trocou Rafael Oliveira, que é um jogador mais de área, e colocou Heliton, atleta que tem como principal característica a velocidade e a habilidade.
O Verdão voltou a pressionar os bicolores e conseguiu diminuir a vantagem aos 16 minutos. Depois de bela jogada do time cearense, Niel recebeu e chutou na saída de João Ricardo. O empate não veio por muito pouco. Em novo ataque do Icasa, a zaga do Papão se atrapalhou, mas conseguiu consertar a falha e afastar o perigo.
Aos 20 minutos, os cearenses pareciam jogar em casa e os bicolores apenas se defendiam. Em boa descida do Paysandu, Kiros tocou para Yago Pikachu. O lateral escolheu o canto e bateu forte, mas a bola explodiu na trave do goleiro Mauro. Aos 33, mais uma boa chance em favor do Paysandu. Alex Gaibu recebeu sozinho e chutou por cima do gol adversário. E foi só. (Globo Esporte)
