Nem adianta insistir, forçar a barra, apresentar números: lá no Baenão, ninguém se considera favorito para o clássico contra o Paysandu do próximo domingo (29). A justifica é aquela velha máxima: “Clássico é clássico”. “Não existe favoritismo em clássico. Sabemos que, muitas vezes, em um jogo como esse, adversários se superam”, adverte o técnico Sinomar Naves.
Sustentando o argumento do comandante azulino, o capitão Diego Barros apresenta um exemplo dentro da própria casa. “No campeonato (paraense) de 2008, nos (Remo) vínhamos de duas derrotas e o Paysandu era líder, mas na hora do jogo, acabamos surpreendendo e vencemos”, relembra. Diego é um dos mais experientes do atual elenco azulino em Re-Pa: o zagueiro já jogou seis vezes contra o maior rival, venceu quatro e empatou dois. Portanto, nunca saiu perdedor. “Estou indo para o sétimo e espero que seja para mais uma vitória”, deseja o xerife do setor defensivo.
Mas é bom Diego não ir com tanto ímpeto assim. Ele está pendurado com dois cartões amarelos desde o último jogo. “Havia uma preocupação em não tomar o terceiro cartão no jogo contra o Cametá e não jogar o Re-Pa. Ficaria triste em ficar de fora”, revela. Não somente ele, mas como os torcedores também: ter um zagueiro que nunca perdeu para o maior rival é sempre bom, afinal, superstição e Re-Pa combinam perfeitamente.
Hora de escutar os experientes
No atual time titular do Clube do Remo, apenas três jogadores já atuaram em Re-Pa: além de Diego Barros, o meia Aldivan e o atacante Marciano já sentiram o gostinho de atuar no choque rei. Portanto, oito jogadores vão jogar o clássico mais disputado do norte do Brasil pela primeira vez. É caso do atacante Rodrigo Ayres. Herói do último jogo, quando marcou o gol do empate em 2 x 2 com o Independente no final da partida, Ayres garante que a ansiedade está controlada.
“Nunca joguei Re-Pa, mas eu sei como é jogar clássico, já joguei vários clássicos pelo Brasil, e ficam todos iguais, não importa a colocação. Mas não tem problema não”, assegura. Mesmo assim, é melhor contar com o conselho dos mais velhos. “A gente vem conversando desde que acabou o jogo contra o Cametá (último jogo) da importância que é o clássico, da dimensão que ele é”, explica o capitão Diego Barros.
Segundo, o zagueiro, nessas horas, cada um procura descobrir a história do jogo da sua maneira. “Quem não viveu o Re-Pa, procurar na internet, ver nos jornais, na televisão, o espaço que cada meio dará para mostrar a história do clássico”. Palavras de quem conhece bem peso de um Remo e Paysandu: “A equipe que vencer, com certeza, terá uma semana bastante tranquila”, garante.(Diário do Pará)




