O ex-deputado federal e ex-presidente regional do PMDB Osvaldo Reis, em entrevista exclusiva ao CT, endureceu o tom das críticas ao grupo liderado pelo deputado federal Júnior Coimbra (PMDB), que conseguiu, nessa segunda-feira, 14, a assinatura de 70% dos membros do diretório regional em favor da dissolução do diretório regional do partido, com a consequente destituição de Reis do cargo de presidente.
“Ele [Júnior Coimbra] está se juntando com um governador cassado [Marcelo Miranda] e com um governador derrotado [Carlos Henrique Gaguim] para naturalmente negociar o partido. Nós fomos eleitos três vezes pelo voto interno dos companheiros. Quando assumimos, o PMDB tinha oito prefeitos e agora tem 38, temos 215 vereadores. Então, em vez deles atuarem como bombeiros, apagando os incêndios, as fissuras internas, estão atuando como incendiários, botando fogo em tudo”, disparou Osvaldo Reis.
Reis disse estar decepcionado com a atitude do grupo peemedebista e não mediu críticas ao ex-governador Carlos Gaguim, cuja reeleição ele apoiou nas eleições do ano passado. “Ao invés de tomarem o partido dessa forma, Gaguim deveria procurar os prefeitos e pedir desculpas, pelos convênios que ele assinou e não cumpriu. Ele deveria dizer ‘olha, meus prefeitos, me desculpem, que eu assinei o convênio dos bloquetes e não trouxe; que eu prometi trazer as bicicletas e não trouxe; prometi fazer as clínicas da mulher e não fiz’. Ele deixou os prefeitos em situação delicada, e agora fica por aí, como se nada tivesse acontecido”, disparou.
Osvaldo Reis revelou que muitos membros do partido assinaram o documento pela extinção do diretório “quase forçados” e protestou contra o argumento de que a presidência do PMDB deva ficar com parlamentares que têm mandato. “É tudo conversa fiada. Eles estão jogando pedra na lua e querendo implantar uma ditadura. Mas nas eleições que eles convocarem eu vou disputar”, garantiu.
O ex-deputado federal disse ainda que recebeu telefonemas de apoio de colegas de partido. “Conversei com os companheiros Leomar [Quintanilha] e [Moisés] Avelino”, finalizou.




