
A Operação Pássaro Livre, realizada pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) entre os dias 14 e 19 de outubro, resultou na apreensão de 133 aves silvestres mantidas em criadouros irregulares em municípios do Bico do Papagaio, no extremo norte do estado. As ações de fiscalização ocorreram em São Miguel, Augustinópolis, Praia Norte, Sampaio, Buriti e Esperantina, com o objetivo de combater a caça e o comércio ilegal de animais.
Durante a operação, os fiscais também recolheram 163 gaiolas e seis alçapões usados na captura clandestina, além de aplicarem multas que somaram R$ 18 mil. As espécies resgatadas incluíam curiós, guriatãs, trinca-ferros, bigodes, papa-capins e galos-de-campina — aves frequentemente visadas pelo tráfico devido ao canto e à aparência.
Dos animais apreendidos, 84 foram devolvidos à natureza em uma área de reserva do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), em Araguatins. Outros 49 foram encaminhados ao Centro de Fauna do Tocantins (Cefau), onde passaram por avaliação clínica. De acordo com a coordenadora do centro, Mayumi Matuoca, os exemplares saudáveis foram reintegrados à natureza, enquanto os demais permanecem sob cuidados veterinários até estarem aptos à soltura.
O gerente de fiscalização do Naturatins, Cândido José dos Santos, destacou que operações como essa são essenciais para a preservação da biodiversidade e o enfrentamento ao tráfico de fauna. Segundo ele, as ações de campo também têm papel educativo. “Cada fiscalização reforça a importância do respeito à fauna e das práticas sustentáveis. Preservar os animais silvestres é preservar o equilíbrio ambiental do Tocantins”, afirmou.




