A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado apresentaram, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (13), as informações atualizadas da operação “Blitz”, que desarticulou um esquema criminoso de venda de carteiras de motorista. Mais uma pessoa foi presa nesta segunda, em cumprimento a mandado de prisão temporária expedido pela Vara de Crime Organizado. Ao todo, 40 mandados de prisão já foram cumpridos, de um total de 70 ordens de prisão temporária. Outras 30 pessoas continuam foragidas.
O delegado geral, Rilmar Firmino, informou que todos os mandados de prisão, com validade de cinco dias, tiveram o prazo renovado pelo mesmo período. O inquérito será concluído até quinta-feira (16). Também estiveram na entrevista coletiva o promotor de Justiça Milton Menezes e o delegado Felipe Pinheiro, da Diretoria de Polícia Especializada.
Foi preso nesta segunda-feira José Carlos da Silva, assessor da Diretoria Geral do Departamento de Trânsito do Estado (Detran) e ex-diretor das Coordenadorias do Núcleo das Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) no interior do Pará. Além da prisão, os policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão de documentos na casa e no local de trabalho do indiciado.
As investigações começaram em 19 de março de 2012, em Abaetetuba, com a instauração de inquéritos policial e civil, pelo delegado Marcos Miléo, da Polícia Civil, e Ministério Público. Depois, em Belém, o delegado Felipe Pinheiro instaurou novo inquérito policial. Segundo o delegado geral, de 46 Ciretrans do Detran, sete são investigadas.
Quanto ao envolvimento de José Carlos, o promotor de Justiça explicou que as investigações apontaram a participação dele no crime. “Por ser ex-coordenador das Ciretrans, ele obrigatoriamente sabia o que acontecia nelas”, aduziu, informando que outros dois inquéritos na esfera cível tramitam no Ministério Público para apurar as infrações no âmbito administrativo cometidas pelos indiciados.




