Aproximadamente 40% das obras do novo Terminal Hidroviário de Belém, que funcionará no Armazém 9 da Companhia Docas do Pará (CDP), já estão concluídas. Os trabalhos, que iniciaram em fevereiro, estão em ritmo acelerado e tem previsão para terminar no final de 2013, beneficiando em torno de 70 mil passageiros por mês, principalmente, moradores das ilhas ao redor da capital paraense, principais usuários do transporte hidroviário. A obra já está devidamente autorizada pelos órgãos ambientais e que respondem pelo patrimônio histórico e cultural do Estado. O investimento chega a R$ 15 milhões.
O presidente da Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH), Abraão Benassuly, detalha que o terminal terá dois pavimentos, a parte inferior destinada para o desembarque e embarque de passageiros e a parte superior para os órgãos que atuam na fiscalização do transporte hidroviário, como Polícia Federal, Receita Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O piso superior já esta todo nivelado, só aguardando o piso definitivo. O piso inferior já foi todo aterrado e nivelado também, aguardando somente o revestimento do piso. Até o momento as obras estão transcorrendo dentro das nossas expectativas e do cronograma do projeto”, revela Benassuly, ressaltando que todo o terreno possui 4,8 mil metros quadrados, sendo 2,4 mil destinados para o terminal.
A Construtora Coliseu
empresa de engenharia responsável pelas obras – mantêm homens trabalhando no local durante a manhã, tarde e noite, com intuito de agilizar a construção, como explica Benassuly. “Eles estão revezando os trabalhos, inclusive pela noite, para ver se entregam o Terminal Hidroviário de Belém à população de Belém até o dia 31 de dezembro. Queremos entregar um espaço digno, refrigerado, com poltronas confortáveis, lanchonetes, farmácias e restaurantes, entre outros serviços, tornando este não apenas um ponto de passagem, mas um ambiente de lazer para nossa população” conta Benassuly.
O projeto prevê ainda a construção de guichês para vendas de passagens, caixas eletrônicos, guarda-volumes, revistaria, banheiros masculino, feminino e para portadores de necessidades, com postos de serviços como do Centro de Apoio ao Turista (CAT), Juizado de Menores, Delegacia de Imigração (Delemig), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Receita Federal e cooperativa de táxis. “Sem sombra de dúvida, em primeiro lugar nós vamos dar à população um terminal de qualidade, diferente das outras cidades e até das outras capitais. Nós colocaremos os passageiros que se servem do modal hidroviário na mesma condição daqueles que utilizam o modal aéreo, ou seja, o Terminal Hidroviário de Belém terá o mesmo nível de conforto do Aeroporto Internacional de Belém” adianta o presidente da CPH.
O atual Terminal Hidroviário de Belém continua funcionando no Armazém 10 da CDP, em uma área útil de 950 metros quadrados. Atualmente atende as linhas que vão para a região do Marajó, Santarém, Baixo Amazonas, Manaus e Macapá. “Depois que nós concluirmos o novo terminal, o Armazém 10 deverá ser desativado como terminal. Todas as operações passarão para o novo, mas a nossa ideia é conversar novamente com a CDP, com objetivo de fazer uma reforma no antigo espaço para poder integrá-lo ao Armazém 9, e transformar toda aquela área em um grande terminal hidroviário”, revela Benassuly.
Projeto Naval
O novo Terminal Hidroviário de Belém terá um projeto naval com áreas segregada de embarque e desembarque de passageiros. O embarque, instalado em uma área de 442 metros quadrados e capacidade para 400 passageiros, será dotado de aparelhos como raio-x e scanner para bagagens, além de banheiros e lanchonete.
Abrão Benassuly conta que em breve será aberto um novo processo licitatório de concorrência pública com a finalidade de contratar empresas que realizem o projeto. “Os flutuantes já foram adquiridos essa semana, mas infelizmente não houve oferta para a licitação. Mas já estamos abrindo novo procedimento licitatório na tentativa, mais uma vez, de contratar o projeto naval”, explica.
Melhorias
Moises Gomes é morador da ilha de Cotijuba, mas trabalha como motorista em Belém e precisa se deslocar, de barco, todas as semanas. Para ele, o novo terminal irá facilitar o transporte das pessoas que, como ele, passam dificuldades sempre que precisam viajar de barco. “O projeto que está sendo feito para o novo Terminal Hidroviário parece muito bom e pelo visto teremos um dos melhores terminais aqui no Pará. As condições do terminal que existe hoje, por onde passam centenas de pessoas por dia, está caótica. Então com construção desse novo terminal, eu creio que vai melhorar e muito a situação de quem precisa ir e vir da região das ilhas diariamente”, pondera.




