Publicidadespot_imgspot_imgspot_imgspot_img
quinta-feira, dezembro 18, 2025
Publicidadespot_imgspot_imgspot_imgspot_img
Publicidadespot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Número de diabéticos cresce 20% no Tocantins

Noticias Relacionadas

Aumentou em cerca de 20% o número de diabéticos no Tocantins. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), até outubro deste ano foram registrados 2.046 casos, enquanto em todo o ano passado o número era de 1.648. A incidência é maior em mulheres, que representam 61% dos casos registrados esse ano. Os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o diabetes é responsável por 5% das mortes dentre as doenças não transmissíveis no Brasil.

Visando conscientizar a população quanto aos riscos da doença e formas de prevenção, em todo o mundo comemora-se hoje o Dia Mundial do Diabetes. A data, definida pela Federação Internacional do Diabetes (IDF), vinculada à OMS, foi introduzida ao calendário do Ministério da Saúde (MS) em 1991.

O Diabete mellitus, nome científico da doença, caracteriza-se pela hiperglicemia, ou seja, o excesso de açúcar no sangue. É resultante de defeitos do sistema endócrino, responsável pela produção de insulina, hormônio responsável pela absorção do açúcar no organismo. Existem vários tipos de diabetes, como o tipo 1, ou insulinodependente, tipo 2, ou não insulinodependente e diabetes gestacional, que é quando aparece durante a gravidez.

Segundo o endocrinologista Aberto Messias, cerca de 90% dos casos é do tipo 2, e estão associados a fatores genéticos e hábitos alimentares. “Pessoas obesas, com colesterol elevado, mulheres com cistos no ovário ou ovário multipolicístico, mães que tiveram filhos que nasceram com mais de 4 kg e que tiveram diabetes gestacional são os principais grupos de risco”, diz.

O exame mais utilizado para diagnóstico de diabetes é o de glicemia, após jejum de dez a 12 horas. “Taxa de glicemia de até 99 é normal. Entre 100 e 125 é considerado intermediário, e solicitam exames complementares para o diagnóstico. Acima de 126, a pessoa é considerada diabética”, explica o médico.

Cuidados

O principal meio de evitar o diabetes é através da prevenção de fatores de risco como sedentarismo, obesidades e hábitos alimentares não saudáveis. Após o diagnóstico, o tratamento é feito através de aplicação de insulina ou medicação via oral, como a metformina ou o Ácido Acetil Salicílico (AAS).

Os sinais da doença se manifestam de formas diferentes, de acordo com o tipo. No tipo 1, por exemplo o paciente tende a perder peso, enquanto no tipo 2, ocorre o processo inverso. Muita vontade de urinar, cansaço físico, urina doce, muita sede, dificuldade de cicatrização e alterações na visão são outros sinais de alerta.

Segundo Messias, em pacientes diabéticos recomenda-se evitar alimentos com alto valor glicêmico, como carboidratos, massas e açúcares. O descuido com o tratamento pode gerar consequências em todo o organismo. “Se não for controlada pode levar os pequenos vasos do corpo, causando cegueira, catarata, sensação de formigamento ou dormência nos membros, perda de sensibilidade, além de aumentar as chances de derrames e infarto do miocárdio”, alerta o médico.

Mudança de hábitos

O empresário Wilson Ferreira da Silva, de 50 anos, descobriu ter diabetes aos 35. O primeiro sinal foi a perda de peso e a redução da capacidade visual. “Eu pesava quase 90 kg, e em um mês perdi quase 30. Além disso comecei a ter problemas de visão”, conta. Logo que foi feito o diagnóstico, Silva começou a fazer uso de medicação via oral, mas pouco tempo depois precisou utilizar a insulina.

Hoje ele toma 25 unidades de insulina pela manhã, 20 à noite, além de dois comprimidos de metformina, substância antidiabética, e um de AAS. “Eu ainda não pratico exercício, não sou totalmente ocioso, mas não pratico o quanto eu precisava. Mas os hábitos alimentares mudaram todos, principalmente o consumo de doces, que eu gostava muito”, conta. O empresário confessa que se trata de uma readaptação difícil, até mesmo devido ao preço mais elevado dos produtos dietéticos. “Um pacote de 5 kg de açúcar custa em média R$ 8, enquanto um pote de 66 gramas do dietético chega a custar R$ 12”, explica.

Graças à Lei nº 11.347 de 2006, Silva e outros milhões de brasileiros que sofrem com o diabetes recebem gratuitamente o kit da rede pública de saúde, contendo os medicamentos necessários para controle da doença. “Sei que a saúde pública tem muitos problemas, mas particularmente não tenho do que reclamar. Até hoje não me faltou atendimento e tudo o que eu preciso é disponibilizado pelo posto em que sou cadastrado”, justifica. (Jornal do Tocantins)

- Advertisement -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
- Advertisement -

Ultimas noticias