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sábado, dezembro 6, 2025
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Nova balsa quebra e causa transtornos na travessia na Alça Viária

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Durou pouco tempo o funcionamento da nova balsa que deveria fazer a travessia no rio Moju, no trecho onde a ponte desabou, na Alça Viária. Nesta segunda-feira (14), menos de 24h após começar a funcionar, a embarcação apresentou problemas e teve que ser substituída.

A nova balsa era maior, com capacidade para 80 carros pequenos. Ela substituiu uma balsa menor, no último domingo (13). Mais prática por ter duas rampas, a nova embarcação tinha um diferencial: para embarcar, os veículos não precisariam entrar de ré. Sem essa manobra, o tempo de espera era menor.

No entanto, menos de 24h após começar as travessias, uma das rampas quebrou. O incidente provocou transtornos para a população. Wilson Oliveira, 74 anos, estava em uma ambulância e precisava chegar ao hospital de Abaetetuba, a 21 quilômetros de Moju, trajeto que costuma demorar 20 minutos. Com o problema na balsa, a espera foi grande. “Agora não sabemos quanto tempo vai levar. Tem que ter paciência porque a gente sabe que não é culpa de ninguém, mas em caso de ambulância, deveria ter uma solução mais rápida”, declarou Raquel Oliveira, filha.

Em um dos lados da ponte, banheiros químicos foram colocados. Mas a demanda é tanta que moradores cobram pelo uso do banheiro de suas próprias casas. Em frente à residência de Almeirindo Corrêa, há uma placa anunciando o uso do banheiro por R$ 1. “Tem dias que dá 70 pessoas”, relata.

A situação mais complicada é quem vem de Belém pela Alça Viária para atravessar para o rio Moju. No começo da manhã desta segunda, eram 34 carretas esperando para fazer a travessia. Duas horas depois, a fila de carros era tão grande que não era possível ver o fim. “Semana passada, eu cheguei aqui 8h30, fui sair no outro dia, 8h30. Dormi no guidon”, relata o caminhoneiro Arthur Junior.

A Secretaria de Transportes (Setran) informou que já está verificando o problema na embarcação e que o transporte segue normalmente com as balsas menores.

Entenda o caso

A ponte da Alça Viária sobre o Rio Moju, no Pará, ficará interditada por seis meses. A via ficou muito danificada após uma balsa, que prestava serviço para a Agropalma e transportava 900 toneladas de dendê, ter colidido contra a estrutura da ponte na noite há 21 dias.

Com o incidente, foi rompida parte da estrutura, que possui cerca de 900 metros de extensão e 23 vãos. Cerca de 50 metros da ponte, localizada no quilômetro 48 da rodovia PA-483, foram destruídos com o acidente. Especialistas analisam se o incidente atingiu apenas o pilar que desabou ou se toda a estrutura da quarta ponte da Alça Viária, com cerca de 800 metros, foi afetada. Durante o período de interdição, duas balsas, disponibilizadas pelo Governo do Estado, farão a travessia dos veículos.

A Delegacia de Polícia Fluvial (DPFlu) instaurou um inquérito policial para apurar as circunstâncias do acidente. Em depoimento, a versão apresentada pela tripulação foi de que a corrente hidráulica do leme, usada para manobrar a embarcação, teria se rompido já às proximidades da ponte. O comandante da embarcação, Ezequias Pinheiro, informou ao delegado Felipe Schmidt que, após o rompimento, a balsa foi empurrada pela maré em direção ao pilar da ponte, causando a colisão. Com o impacto houve a quebra do pilar, que desabou.

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