O Governo Federal inicia hoje, o primeiro mutirão no Pará para ampliar a cobertura do Programa Bolsa Verde na Amazônia. A expectativa é incluir mais de 30 mil famílias, por meio do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. O Estado é o principal beneficiado pelo programa lançado em setembro de 2011, com quase 60% das 40.533 famílias extrativistas atualmente cadastradas. Até o fim do mês de junho, o governo contabilizava 22.385 famílias paraenses cobertas pelo Bolsa Verde, sendo cerca de 63% delas vivendo em Assentamentos da Reforma Agrária, 32% em Unidades de Conservação de Uso Sustentável e 5% em áreas de ribeirinhos reconhecidas pela Secretaria de Patrimônio da União.
A busca ativa, uma das iniciativas do Plano Brasil Sem Miséria, é realizada pelos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Meio Ambiente (MMA), pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU). As equipes são compostas por representantes dos governos federal, estadual e dos 27 municípios participantes, prontas para atender as famílias beneficiárias do programa, esclarecer dúvidas e prestar orientações necessárias.
Elas partirão simultaneamente, na manhã de hoje, em vários barcos, em busca das comunidades nos municípios da região de Santarém, Marajó, Salgado Paraense, Porto de Moz, Gurupá, Afuá, Baixo Tocantins e Soure. A busca ativa nessas localidades foi dividida em seis etapas, com duração diferente em cada uma: Santarém fase A (30 dias), Santarém fase B (34 dias), Marajó fase Portel (20 dias), Marajó fase S. Sebastião da Boa Vista (20 dias), Marajó fase Breves (20 dias) e Marajó fase Curralinho (20 dias).
O Bolsa Verde remunera com R$ 300, pagos a cada três meses, famílias que vivem em áreas de preservação ambiental, como Unidades de Conservação de Uso Sustentável geridas pelo ICMBio, Projetos de Assentamento Federais geridos pelo Incra e áreas ocupadas por comunidades ribeirinhas sob a gestão da SPU. Para participar, elas precisam desenvolver atividades de conservação e manejo sustentável.
Além da inclusão no Cadastro Único e nos programas Bolsa Família e Bolsa Verde das famílias elegíveis, o mutirão também vai oferecer serviços de emissão de documentos de identidade, CPF e carteira de trabalho pelo Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).




