O vazamento do esgoto da Casa de Prisão Provisória (CPP) causa transtornos para a comunidade que mora próximo ao presídio em Gurupi, região sul do Tocantins. O esgoto que sai da presídio vai direto para o córrego próximo ao local sem qualquer tratamento e causa um mau cheiro que fica por todo o bairro.
O morador Antônio da Cruz destaca que o mau cheiro fica pior quando chega o período de chuvas no estado. “Muitas vezes eu tive de sair da minha casa por causa do mau cheiro. É um absurdo e fica pior principalmente quando está chovendo, no período de inverno. Aí é quando mais estoura cano e fica difícil para a comunidade toda aqui”, afirma o morador.
O problema com vazamento dos canos na casa de prisão é reclamação antiga por parte dos moradores que no ano passado entraram com uma ação civil por meio do Ministério Público Estadual (MPE) para tentar resolver o problema.
Ainda no ano passado, a justiça condenou o Estado a pagar uma multa de R$ 200 mil e o dinheiro serviria pra realizar adequações no lugar, mas o Estado recorreu da decisão e o processo depende mais uma vez da decisão do juiz Nassib Cleto Mamud da comarca de Gurupi.
Além do mau cheiro, os danos ambientais é outra coisa que preocupa os moradores. “Com o esgoto vazando não é bom também para o meio ambiente, pois esse esgoto não tem tratamento. Eu tenho incentivado as pessoas a procurar o judiciário, mas quando chegou no MPE com um abaixo assinado para fazer a denuncia, eles têm um processo pendurado desde 2008 e dizem que não tem mais o que fazer”, afirma morador e engenheiro ambiental, Genovam Gonzaga.
Em nota, a Secretaria de Defesa Social do Tocantins disse que por diversas vezes realizou os reparos no encamento da fossa, mas que ela volta a romper por causa dos buracos no asfalto que destroem o encamento do local. Destacou que existe previsão de reforma geral na CPP, mas não especificou quando ela vai acontecer. A obra foi licitada e a empresa que vai realizar o serviço foi contratada a um custo de mais de R$ 1 milhão. (G1 TO. Foto: Reprodução/TV Anhanguera).




