Nas últimas semanas, moradores de diversas regiões de Palmas têm relatado problemas graves na qualidade da água fornecida às residências. O principal foco das reclamações é o forte odor de cloro e esgoto, além da aparência suja do líquido, o que tem causado grande incômodo e preocupação para quem depende da água para beber, cozinhar e realizar atividades cotidianas.
Pollyana Araújo, moradora da 407 Norte, notou as primeiras alterações no último final de semana e afirmou que a situação piorou na segunda-feira (30). “Venho sentindo esse odor desde domingo (29), mas de ontem para hoje [terça-feira] ficou ainda mais forte. É uma mistura de cloro com esgoto. Tenho medo de desenvolver coceiras ou mal-estar, e muitos aqui na quadra já estão relatando isso”, desabafou Pollyana. Ela ainda disse que precisou adotar o uso de água mineral para cozinhar, por receio de que a água da torneira possa prejudicar a saúde de seu filho, que tem glaucoma congênito. “Agora eu me pergunto: vou ter que comprar água até para tomar banho? E quem não pode comprar, faz como?”, questionou.
O problema não se restringe à 407 Norte. Moradores das quadras 305 Sul, 906 Sul e setores como Jardim Taquari e Aurenys também enfrentam a mesma situação. Alguns relatam desconforto físico, como dores de barriga e vômitos, após o uso da água contaminada. “A gente está pagando caro por uma água que está em péssima qualidade. É constrangedor, estamos preocupados com a saúde dos nossos filhos”, reclamou Pollyana.
A moradora afirmou que entrou em contato com a concessionária responsável pelo abastecimento, a BRK Ambiental, na manhã desta terça-feira (1º), mas não obteve uma solução imediata. “Liguei para a BRK e eles disseram que não tinham conhecimento do problema, mas que iam enviar uma equipe em até duas horas. Isso era 8h30 e, até às 12h, ninguém apareceu”, completou Pollyana.
Até o momento, a BRK Ambiental não se pronunciou oficialmente sobre o caso, e os moradores continuam aguardando uma resposta e medidas para solucionar o problema. Enquanto isso, a população segue com medo de usar a água que chega às torneiras, temendo que a situação possa afetar ainda mais sua saúde e a de seus familiares.