Disponível em cerca de 91 espaços públicos (praças e parques) e em mais de 65 municípios do interior paraense, a rede de Internet Wi-Fi livre e gratuita do Navegapará – programa de inclusão social e digital do governo do Estado, implantado de forma conjunta pela Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará (Prodepa) e pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet) – começa a ser modernizada. Com o acréscimo da utilização de smartphones pelos cidadãos, o acesso aumentou muito, o que provocou a defasagem do aparelhamento atual.
“Os equipamentos hoje, na maioria dos hotzones, suporta até 64 clientes. E em determinados lugares percebemos que isso não é suficiente. Estamos identificando estes hotzones de grande circulação de pessoas e prevendo a mudança para um hardware de maior capacidade e gerenciável”, relata o diretor de Tecnologia e Comunicação da Prodepa, Fernando Nunes.
De acordo com Fernando, os novos equipamentos vão permitir que a Prodepa crie um sistema para gerar login e senha aos usuários – o acesso continuará gratuito mas os usuários terão de se cadastrar para usar a rede sem fio. O objetivo é registrar todos os usuários dos hotzones (pontos de acesso livre à internet) do Estado, em função de uma exigência do Marco Civil da Internet. “No sistema de identificação e controle, nós temos um cadastro único para toda a rede de acesso livre do Estado. A pessoa se cadastra com e-mail, celular e, a partir dessa identificação, não precisa mais se cadastrar, apenas se autenticar”, afirmou o diretor.
Hoje não existe identificação do usuário que se conecta ao Navegapará, e uma vez conectado, em qualquer área que ele for poderá se conectar automaticamente. Por exemplo, se ele se conectar em Vigia, quando chegar a Belém, num espaço que disponha de hotzones do Navegapará, como a Estação das Docas, o celular dele automaticamente se reconectará. Ou seja, uma pessoa conectada, mesmo não utilizando, está impedindo que outras pessoas utilizem aquele wi-fi.
A solução está sendo utilizada em caráter experimental, o piloto de autenticação foi feito na Estação das Docas. Os rádios e equipamentos foram substituídos. Agora é possível ter um gerenciamento centralizado dos quatro equipamentos, criar redes individuais e verificar o que está acontecendo na parte física desses equipamentos. “Nós observamos que à noite, por exemplo, de um universo de 300 pessoas conectadas no rádio, apenas 50 estavam autenticadas. Chegamos à conclusão que mesmo que a pessoa não queira utilizar, o simples fato do celular dela estar no bolso ou em cima da mesa está ocupando uma secção de conexão. E com a autenticação é possível controlar isso”, esclareceu o diretor.
A aplicação também permite controlar o tempo de acesso que as pessoas podem permanecer utilizando esta rede. Inicialmente, cada conexão poderá ficar ativa por uma hora, após esse período o usuário será obrigado a reconectar-se. Se ficar inativo, sem usar a conexão por 20 minutos, também será desconectado. “Os limites de tempo de conexão, por inatividade e uso efetivo, são necessários para dar chance a outros usuários. Nós identificamos na utilização da rede que um mesmo usuário ficava ocupando o hotzone por um dia inteiro, dois dias, uma semana, ou não desconectava nunca. E quando ocupava todas as secções possíveis, ninguém mais se conectava. Estamos tentando maximizar os usuários atendidos pelo programa”, concluiu Fernando.
Só no início de 2015 foram instalados novos equipamentos de wi-fi nos municípios de Castanhal, Irituia, Marabá, Marudá, Pacajá, Primavera, São João da Ponta, Tailândia e Belém (Estação das Docas, Terminal Hidroviário e infocentro do Paar). Estão sendo feitas provas de conceito para ver a capacidade de conexões simultâneas suportadas pelos equipamentos nos hotzones em todo o Estado. “Na primeira prova o equipamento suportou 250 conexões. Hoje, os nossos equipamentos suportam apenas 64 conexões simultâneas. Estamos trabalhando para aumentar a capacidade, mais de dez hotzones já tiveram o limite ampliado para 150 conexões simultâneas”, ressaltou.
Legislação – A Lei 12.965, de 23 de abril de 2014, conhecida como o Marco Civil da Internet, obriga que os registros de conexão dos usuários sejam guardados pelos provedores de acesso pelo período de um ano, sob total sigilo e em ambiente seguro. Essas informações dizem respeito apenas ao IP – sigla em inglês para “Internet Protocol”, que é o principal protocolo de comunicação da web –, data e horas inicial e final da conexão. O texto ainda faculta aos provedores a guarda de registros de acesso a aplicações de internet (que ligam o IP ao uso de aplicações da internet) por seis meses.
A lei também estabelece que a guarda de registros seja feita de forma anônima, ou seja, os provedores poderão guardar o IP, nunca informações sobre o usuário. A liberação desses dados, segundo o texto, só poderá ser feita mediante ordem judicial.
O documento ainda fixa princípios de privacidade sobre os dados que o usuário fornece aos provedores. A lei coloca como direito dos usuários que suas informações não podem ser usadas para um fim diferente daquele para que foram fornecidas, conforme estabelece a política de privacidade do serviço.
Pontos de acesso à Internet Wi-Fi Navegapará
Parques e praças em Belém
Icoaraci Orla-Igreja; Praça Dalcídio Jurandir; Bosque Rodrigues Alves; Praça Amazonas; Mangueirão; Terminal Hidroviário; Estação das Docas; Polo Joalheiro; Praça da Bíblia (Ananindeua); Icoaraci Orla-Praia do Cruzeiro; Praça do Jaú; Mosqueiro Caramanchão; Mosqueiro Vila; Batista Campos; Praça das Castanheiras (Curió Utinga); Infocentro Paar; Praça Olavo Bilac; Praça do Arsenal; Praça Eduardo Angelim; Praça Dom Alberto Ramos; Allan Kardec; Vila da Barca 1; Vila da Barca 2 e Praça Alacid Nunes.
Interior:
- Abaetetuba – Praça da Bandeira
- Algodoal – Praça
- Altamira – Orla
- Augusto Corrêa – Biblioteca
- Barcarena – Praça José Pinheiro Rodrigues
- Benevides – Praça Visconde de Maracaju
- Bragança – Praça da Bandeira e Orla
- Bujaru – Bujaru
- Capanema – Praça Magalhães Barata
- Castanhal – Praça Ignácio Coury Gabriel
- Colares – Praça
- Concórdia do Pará – Praça Gabriel Penha
- Curuçá – Praça
- Igarapé-Açu – Praça Matriz
- Igarapé-miri – Praça Cônego Barros
- Inhangapi – Praça Nossa Senhora de Fátima
- Irituia – Praça Alírio Almeida de Moraes
- Itaituba – Aeroporto e Orla
- Itupiranga – Praça
- Jacundá – Praça
- Marabá – Praça Ginásio; Beira do Rio e Praça São Francisco
- Maracanã – Praça São Miguel Arcanjo
- Marapanim – Praça
- Marituba – Praça Matriz
- Marudá – Praça
- Nova Timboteua – Praça
- Novo Repartimento – Praça
- Pacajá – Praça da Bandeira
- Paragominas – Praça Célio Miranda
- Primavera – Matriz
- Quatipuru – Orla
- Rurópolis – Praça Cívica
- Salinópolis – Atalaia; Maçarico Casemirão/Cairu e Maçarico Caiçara
- Salvaterra – Praça
- Santa Bárbara – Praça São Francisco
- Santa Isabel – Praça
- Santa Maria – Praça Matriz
- Santarém – Praça do Pescador; Parque de Santarém e Praça 7 de Setembro (Alter do Chão)
- Santarém Novo – Praça
- Santo Antônio do Tauá – Praça
- São Caetano de Odivelas – Praça
- São Domingos do Capim – Praça da Bandeira-Orla
- São Francisco – Praça
- São João da Ponta – Torre Prodepa e Emater
- São João de Pirabas – Praça
- São Miguel do Guamá – Praça Licurgo Peixoto
- Soure – Praça
- Tailândia – Praça do Povo
- Terra Alta – Praça
- Tracuateua – Praça
- Tucuruí – Vila Permanete, Praça Rotary e Praça Jardim Paraíso
- Uruará – Praça Santo Antônio
- Vigia – Matriz




