As escolas da Rede Pública Estadual de Ensino começaram o ano de 2012 em festa. Dos 10.781 aprovados nos vestibulares da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade do Estado do Pará (Uepa), 5.511 são provenientes de unidades de ensino do estado, ou seja, 51% dos aprovados nas principais instituições públicas de ensino superior do Pará vem do ensino público.
No listão da UFPA, dos 7.351 aprovados, o quantitativo de 4.055 ingressou por meio de cotas para estudantes que, comprovadamente, cursaram todo o Ensino Médio em escola pública. Na segunda fase do certame da instituição, por exemplo, do total de 72.187 inscritos, cerca de 40 mil candidatos concorreram pelo sistema de cotas. Na maioria dos cursos, a concorrência foi maior entre os cotistas. Para se ter uma ideia, em 11 das 14 engenharias ofertadas pela Universidade a concorrência foi maior entre os estudantes oriundos de escolas públicas, com destaque para o curso de bacharelado em Engenharia Civil, com uma demanda de 19,06 candidatos por vaga.
A Uepa não utiliza sistema de cotas. O certame ocorre de duas formas: por meio do Processo Seletivo (Prosel) e do Programa de Ingresso Seriado (Prise). Nessa instituição, foram exatos 1.456 aprovados de escolas públicas estaduais. O número é expressivo e representa 45% do total de 3.175 dos calouros. Segundo o diretor de Acesso e Avaliação da UEPA, professor Delmo Oliveira, é bastante expressivo os números referentes aos estudantes oriundos de escolas públicas que obtiveram êxito no processo seletivo da instituição, tanto Prosel como no Prise. Em Belém, a Escola Paes de Carvalho, por exemplo, aprovou 34 alunos. No interior, em Abaetetuba, 84 estudantes da Escola São Francisco Xavier são calouros da instituição.
Além disso, 54% dos aprovados por meio do “Prosel” são estudantes da Rede Estadual, totalizando 932 calouros. Desses, 62% estão no interior do estado. “A partir desses números é possível perceber que, também no interior do estado, é significativa a política de Ensino Médio do Governo do Estado. Hoje, o jovem que mora no interior não precisa sair de sua cidade para estudar em Belém”, analisou o diretor.
Ao longo do ano letivo de 2011, muitas escolas organizaram aulas e preparam revisões especiais. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) também fortaleceu essa preparação por meio de iniciativas como o Programa de Fortalecimento para o Vestibular (Provest) e o Programa de Fortalecimento do Ensino Médio (Proenem).




