As disputas internas do PMDB no Tocantins continuam mesmo após acordo que definiu o controle do diretório regional pelo grupo dos “Autênticos”, firmado com a Executiva Nacional. Dessa vez, a questão gravita em torno das pré-candidaturas do ex-governador Marcelo Miranda e do deputado federal Junior Coimbra ao governo estadual, e da senadora Kátia Abreu e do ex-governador Carlos Gaguim ao Senado.
Em meio a nova polêmica, deve acontecer ainda a posse de Leomar Quintanilha como presidente do diretório, marcada para o próximo dia 20, com presença do vice-presidente da República Michel Temer e do presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).
Acordo
Acusado de estar descumprindo o acordo que selou seu afastamento do diretório regional, Coimbra afirmou que o acordo inclui a busca de viabilização da candidatura ao governo. “E é o que eu estou fazendo. Lembrando que decidi me afastar por tempo indeterminado, voltando quando quiser”, disse o deputado, enviando cópia do acordo por email, que confirma o que disse.
Também procurado, Gaguim afirmou que não abre mão de sua pré-candidatura ao Senado. “Sou pré-candidato, já estou percorrendo o Tocantins inteiro e não vou voltar atrás na decisão que tomei e anunciei há mais de dois anos”, disse Gaguim que, na semana passada, em Tocantínia, em função da interferência da Executiva Nacional nas pré-candidaturas do partido no Tocantins, o vice-presidente Michel Temer “não seria bem vindo” durante posse do diretório estadual.
Nacional
Já o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp, declarou que desconhece o acordo para pré-candidatura de Coimbra e de Gaguim. “O que existe, em ata de reunião assinada, é a candidatura de Marcelo Miranda ao governo e Kátia Abreu ao Senado e é isso que a Executiva irá apoiar.” A ata da reunião confirma informação de Raupp, reunião que o Coimbra participou e não questionou a decisão.
O senador também afirmou que o acordo que previa o afastamento de Coimbra é por tempo indeterminado, porém “deve se estender até as convenções. Até mesmo porque não haveria sentido em um acordo para afastamento que se pudesse voltar atrás no outro dia”, afirmou o presidente nacional do PMDB.
Desagravo
Em nota de desagravo ao vice-presidente da República, Michel Temer, encaminhada à imprensa, Kátia, Marcelo, Leomar Quintanilha, deputado federal Osvaldo Reis e deputada estadual Josi Nunes afirmam que Temer foi alvo de ataques pessoais, “carregados de arbitrariedade e sem que represente o posicionamento do PMDB do Estado nem da população, que lhe foram proferidos pelo ex-governador Carlos Gaguim na imprensa regional, declarando-o não ser bem-vindo no Estado”, diz trecho da nota. (Jornal do Tocantins)
