Foi encerrada no sábado (27), a 1ª Feira Territorial de Economia Solidária e Agricultura Familiar da Baixada Ocidental, realizada no município de Presidente Sarney. A feira foi uma promoção da Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia Solidária (Setres), em parceria com o Fórum Estadual de Economia Solidária (Feesma) e a Delegacia Federal de Desenvolvimento Agrário (DFDA).
“A ação conjunta dos parceiros é que possibilita, aos produtores, o acesso à qualificação para empreendedorismo, ao microcrédito, ao escoamento da produção e à articulação entre os grupos”, garantiu o secretário de Trabalho e Economia Solidária, José Antônio Heluy.
A feira contou com grupos produtores de 19 municípios da região, 135 expositores e 59 grupos produtores diferentes, que fizeram uma verdadeira festa em comercialização, integração entre os grupos e geração de renda para os expositores e para o município-sede do evento. Dentre os produtos expostos estavam o artesanato em cerâmica de Alcântara, o mel de tiúba cinza – abelha sem ferrão – de São Bento, a cachaça artesanal Azulzinha, de Central do Maranhão, dentre muitos outros.
“A Feira de Economia Solidária e Agricultura Familiar é o resultado de um trabalho muito grande feito através de uma rede de apoiadores, que passa pela articulação entre os produtores, entre os municípios, entre os organizadores e que acaba chegando ao público como essa festa toda”, explica Mariana Nascimento, coordenadora de Economia Solidária da Setres.
As Feiras de Economia Solidária e Agricultura Familiar funcionam como um importante espaço de comercialização direta, dando maior visibilidade à produção dos empreendimentos solidários e estabelecendo relações saudáveis entre produtores e consumidores, procurando fortalecer a ideia de um consumo consciente e responsável dos produtos e serviços de origem solidária.
Para a realização das feiras, uma grande cadeia de parceiros foi formada, dentre órgãos estaduais e federais, além de entidades da sociedade civil organizada, movimentos sociais e bancos públicos.
A agenda de qualificação para produtores obedeceu a uma programação diurna – ao longo do dia – antes da exposição em si, que aconteceu durante três noites. Dentre as capacitações que foram oferecidas, estão a oficina “Comercialização e Consumo Solidário”, além de palestras mais práticas, como a que será ministrada pela Agerp, sobre os efeitos das queimadas.
Comercialização fortalecida
Um dos estandes mais visitados foi o do município de Alcântara, representado pela Associação de Mulheres do Itamatatiua, comunidade remanescente de quilombo. Segundo a artesã Ângela de Jesus, o sucesso da comercialização foi tão grande, que quase toda a produção do grupo acabou na primeira noite de exposição. “A gente não esperava comercializar quase tudo no primeiro dia”, contou.
O produtor da cachaça artesanal “Azulzinha”, do município de Central do Maranhão, se declarou encantado com a integração proporcionada pela feira. “Sem dúvida nenhuma que esse é um espaço legítimo de divulgação e escoamento da nossa produção”, destacou. “Fazer o consumidor conhecer nosso produto é fundamental para a continuidade de nosso empreendimento e a feira faz isso muito bem”, garantiu.




