Cinco madeireiras de Tailândia, no nordeste do Pará, foram condenadas pela Justiça Federal a pagar indenizações que somam mais de R$ 1 milhão por danos ambientais provocados pelas empresas. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 28.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as madeireiras foram as primeiras a serem processadas logo após os tumultos que tentaram impedir uma ação de fiscalização ambiental realizada no município em 2008.
De acordo com a ação judicial, de autoria do MPF e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a operação foi interrompida quando já tinham sido
apreendidos 12,7 mil metros cúbicos de madeira ilegal. Na ocasião, os manifestantes teriam colocado em risco a vida dos fiscais durante os protestos, fechando as saídas da cidade e tentando ainda impedir a retirada da equipe do Ibama. Ainda de acordo com o MPF, as manifestações violentas teriam sido incentivadas pelos empresários do setor.
Na operação “Arco de Fogo”, realizada em seguida no período de 26 de fevereiro a 4 de abril de 2008, o Ibama aplicou mais de R$ 23 milhões em multas e apreendeu 23 mil metros cúbicos de madeira ilegal. Após vistoria em todos os estabelecimentos madeireiros e de carvoaria do município, 13 deles foram embargados e quatro desmontados. Além disso, segundo o Ibama, houve o embargo de 52 empreendimentos e a expedição de 74 termos de apreensão e depósito, cerca de 1,2 mil fornos de carvão foram destruídos e 100 autos de infração foram lavrados.
