Os moradores do entorno da Reserva Biológica Tapirapé denunciaram a retirada ilegal de madeira da reserva, que fica a 200 quilômetros de Marabá, sudeste paraense. Nesta terça-feira (13), o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) aplicou multa e apreendeu o material irregular.
Os responsáveis pela madeira apreendida na operação foram multados em R$ 195 mil, tiveram um caminhão, um trator e 55 m³ de castanheiras-do-Pará serradas apreendidos, além de identificar mais de 30 hectares de florestas danificadas pela derrubada ilegal da espécie, que é ameaçada de extinção e protegida por lei contra o corte.
Os moradores do local levaram os fiscais ao Projeto de Assentamento Cupu, a cerca de 10 quilômetros da Rebio Tapirapé, onde foi confirmada a exploração de castanheiras em cinco lotes. Um caminhão carregado com 13 m³ de madeira já serrada da espécie protegida e um trator-esteira foram apreendidos no local. A madeira e os veículos foram doados à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Marabá e à Prefeitura de Itupiranga.
Os assentados envolvidos nas derrubadas de castanheiras foram autuados em R$ 5 mil por cada hectare de floresta danificado e tiveram as áreas de exploração ilegal embargadas. Uma serraria e uma carvoaria na Vila São Pedro, envolvidas na receptação da madeira extraída do assentamento, também foram multadas.
Para o coordenador da operação, Leonardo Tomaz, os acusados pagaram caro. ‘A perda de maquinário, madeira, as autuações e os embargos atingiram o crime ambiental na fonte onde as castanheiras eram exploradas e na serraria que comercializava a madeira roubada. Cercamos toda a cadeia da atividade ilegal’, afirma.
No pátio das empresas, o Ibama apreendeu 42 m³ de castanheira serrada, 40 m³ de resíduos da espécie (galhos e sobras de serraria) e 36 mdc de carvão vegetal. Cada mdc de carvão equivale a 1,2 metros cúbicos. (Portal ORM com informações do Ibama)




