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sábado, dezembro 6, 2025
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Juiz relaxa prisão de funcionário detido após conflito em fazenda no PA

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O juiz Murilo Lemos Simão, da Comarca de   Marabá, no sudoeste do Pará, determinou nesta quarta-feira (24) o relaxamento da prisão do funcionário da Fazenda Gaúcha, em  Bom Jesus do Tocantins, detido nesta terça (23) devido ao conflito entre empregados do local e trabalhadores rurais ligados ao Movimento dos Sem-Terra (MST) na última segunda (22). O trabalhador Jair Cleber dos Santos, de 50 anos, foi baleado no confronto e morreu. Dois funcionários suspeitos de envolvimento no conflito são procurados pela Polícia, um deles é apontado como autor dos disparos contra Jair. O corpo do trabalhador foi sepultado na manhã desta quarta.

“A rigor, o funcionário nem deveria ter sido preso. Mas o relaxamento da prisão faz Justiça e começa a restabelecer a verdade. O que houve na Fazenda Gaúcha naquele dia foi a expressão máxima da legítima defesa por parte dos funcionários”, afirma Thais Monteiro, advogada da Jacundá Agro Industrial Ltda, empresa proprietária da Fazenda Gaúcha. Com o relaxamento da prisão, o funcionário da fazenda terá liberdade provisória mediante o pagamento de fiança no valor de um salário mínimo

A Jacundá afirmou em nota que o objetivo dos trabalhadores era escoar madeira retirada de forma ilegal de uma Área de Preservação Permanente (APP) e a ação já havia sido denunciada às autoridades pelos proprietários da fazenda. Um dos funcionários teria se manifestado contra o crime ambiental, foi acuado por mais de cem invasores da fazenda e reagiu em legítima defesa, segundo a nota divulgada pela empresa.

Segundo informações da polícia, outras quatro pessoas que também foram baleadas e estavam internadas, duas receberam alta médica e seriam convocadas para prestar depoimento.

Ocupação
Cerca de 300 famílias vivem há seis anos na propriedade, que tem 17 mil hectares, onde foram construíram casas, escola e têm uma grande produção agrícola no local. “A informação que tive foi que houve uma tentativa de fazer a recuperação de um trecho da estrada para ter acesso à escola. E o gerente ada fazenda e os pistoleiros tentaram impedir a abertura da estrada”, explica o representante da Comissão Pastoral da Terra, José Afonso Batista.

Segundo a CTP, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) já entrou com o pedido de arrecadação da área, mas o processo tramita na Justiça há três anos. A CTP afirma ainda que a convivência na fazenda não é pacífica e que várias ocorrências de conflitos já teriam sido registradas na Delegacia de Conflitos Agrários.

Confira, na íntegra, a nota de esclarecimento emitida pela Jacundá

A Jacundá Agro Industrial Ltda, proprietária da Fazenda Gaúcha, localizada em Bom Jesus do Tocantins (PA), vem a público esclarecer fatos importantes relacionados aos acontecimentos de segunda-feira (22).

As informações divulgadas pelos invasores da propriedade são inverídicas. Ao levar tratores para dentro da fazenda, o verdadeiro objetivo dos sem-terra era escoar madeira retirada ilegalmente de uma Área de Preservação Permanente (APP). O crime ambiental praticado pelos invasores vem sendo formalmente notificado, há anos, às autoridades competentes, pela Fazenda e por seus funcionários.

Reginaldo Aparecido Augusto, funcionário da Fazenda Gaúcha, tentou impedir o crime ambiental e foi ameaçado pelos invasores. Decidiu, então, chamar a polícia, que compareceu à propriedade. No entanto, depois que as autoridades foram embora, Reginaldo foi covardemente acuado na sede da fazenda por mais de cem homens armados com espingardas, facões e pedaços de pau. Furiosos, batiam nas portas e janelas forçando a invasão da casa. Para não ser morto pelos sem-terra, Reginaldo agiu em legítima defesa.

A Jacundá lamenta profundamente o ocorrido  (G1 PA). 

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