O senador paraense, Jader Barbalho (PMDB) foi condenado a pagar mais de R$ 2,2 milhões pela Justiça Federal no Tocantins. Além do parlamentar, mais dez pessoas, entre elas quatro integrantes da família Pisoni, terão que ressarcir em solidariedade mais de R$ 11,1 milhões. O valor deve ser atualizado monetariamente, a partir da data do recebimento da parcela pelos acusados, e acrescidos de juros, de 1% ao mês e multa de 10% sobre a condenação.
Eles são acusados de terem desviados recursos da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) através do empreendimento Imperador Agroindustrial de Cereais S/A, localizado em Cristalândia, 165 km de Palmas.
A decisão, da última quinta-feira, é do juiz da 2ª Vara do Tocantins Waldemar Cláudio de Carvalho. Na sentença, o juiz determinou a manutenção da indisponibilidade dos bens dos réus.
Um dos advogados do senador, Marcelo Cordeiro, afirmou que apresentará recurso da sentença até a próxima segunda-feira, prazo final. Ele disse que a defesa já está preparando os embargos de declaração. “Temos até a próximo segunda para protocolar esse recurso. Após ele, entraremos com recurso apelativo”, disse. Segundo ele, o processo será levado até a última instância.
Empresários
Por telefone, Itelvino Pisoni disse que a decisão judicial foi tomada baseada em um laudo “incompleto”, “inconsistente”, cheio de “controvérsias” e que vai recorrer da decisão. “Todos os recursos liberados foram aplicados de forma correta, inclusive investimos mais do que recebemos do governo federal, e até hoje continuamos investindo. O Ministério Público induziu o juiz, que tomou essa decisão, ao erro. Esse laudo é completamente furado”, acusou.
Segundo o empresário, o projeto foi aprovado em 2008 e o governo federal teria liberado um recurso no valor de R$ 14 milhões, e que a empresa dele, teria investido R$ 27 milhões a mais. Ele é irmão de Vanderlei Pisoni e Vilmar Pisoni, e, pai de Cristiano Pisoni, que integram, junto com Daniel Rebeschini, engenheiro agrônomo da empresa, o processo. Itelvino afirmou ainda que não conhece o senado Jader Barbalho. “Não o conheço, nunca conversei com ele, não sei nem onde fica o endereço dele”, frisou.
Os proprietários da Construtora Serra do Lajeado Ltda., Otarcizio Quintino Moreira e Raimundo Pereira de Sousa; os sócios da empresa Metalúrgica Montenal Ltda. Joel Mendes e Wilma Urbano Mendes; o proprietário da Compresarial Ltda e intermediador de Barbalho, Amauri Cruz Santos, também foram condenados na sentença. Epitácio Brandão, advogado de Raimundo Pereira de Sousa, ressaltou que entrará com recurso da decisão. “Ele não emitiu nenhuma nota, é uma pessoa muito humilde e não sabia de nada que estava acontecendo”, destacou. (JT)




