
Apesar de reconhecer publicamente os graves problemas no fornecimento de água potável e no saneamento básico de Itaguatins, a Prefeitura e a empresa Hidro Forte limitaram-se, mais uma vez, a uma reunião protocolar sem apresentar soluções concretas e imediatas à população. O encontro realizado na quarta-feira, 7, entre o prefeito Vitor da Reis, sua assessoria jurídica e diretores da concessionária, escancarou o que moradores da cidade já enfrentam há meses: falta de manutenção, vazamentos recorrentes e água de baixa qualidade.
Na ocasião, o prefeito apenas solicitou providências à empresa, reforçando um tom brando diante de uma situação que exige medidas urgentes e responsabilização direta. A ausência de prazos, metas ou penalidades deixa evidente a falta de rigor do poder público na cobrança por melhorias, mesmo diante de um serviço essencial em situação precária.

Além do discurso, o gestor municipal levou os representantes da empresa a visitar alguns pontos críticos da cidade, como forma de “mostrar in loco” os problemas que a população já denuncia há meses — uma atitude que, embora simbólica, não substitui a necessidade de fiscalização, aplicação de sanções contratuais e acionamento dos órgãos de controle, como o Ministério Público e a Agência Reguladora.
Diante da morosidade da Prefeitura e da postura reativa da Hidro Forte, os moradores de Itaguatins seguem expostos aos riscos sanitários e à insegurança hídrica. A promessa de diálogo, embora necessária, soa repetitiva e insuficiente frente à urgência de ações concretas e à obrigação legal de garantir um serviço digno à população. Enquanto isso, falta água — e sobra omissão.