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sábado, dezembro 6, 2025
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Idoso morre após suposta negligência em hospital de Ananindeua-PA

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Uma possível sequência de negligências e descasos podem levado o aposentado Valdemar Sampaio Ramos, de 69 anos, a óbito na última quinta-feira (10), no Hospital e Maternidade Modelo, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. Segundo o relato de familiares, os médicos que o atenderam disseram que ele apresentava um quadro de desidratação, mas ao ser transferido para o Hospital de Clínicas de Ananindeua, o aposentado havia sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC), estava com infecção e traumatismo da uretra.

Para a família, os médicos do hospital foram responsáveis pelo agravamento do quadro clínico do paciente. “Meu irmão foi internado no hospital no dia 2 de junho com vômito e diarreia. Lá, os médicos disseram que devido à virose, ele estava com desidratação e foi medicado com soro de cloreto de sódio, sendo que ele era hipertenso. Não houve acompanhamento da pressão arterial”, descreveu a servidora Pública, Maria do Socorro Ramos, irmã de Valdemar.

No domingo (06), o paciente teria começado a apresentar sinais do AVC e o médico plantonista teria ignorado os sintomas. “Ele estava com a voz pesada e fala meio enrolada. Perguntamos para o médico de plantão, que era ginecologista, o motivo da piora do estado de saúde dele, visto que, na sexta-feira (04), ele já estava bem. O médico afirmou que ainda era desidratação e que estava aplicando o cloreto de sódio”, contou Maria do Socorro.

Os familiares alegam que chegaram a questionar com o plantonista a medicação que estava sendo aplicada, já que o paciente era hipertenso e estava recebendo soro com cloreto de sódio. Mas o ginecologista teria dito que o fator era uma preocupação irrelevante, já que a pressão arterial do aposentado media 14/8.

No dia seguinte, o estado de saúde de Valdemar piorou. “Ele apresentava sinais visíveis de AVC, a sua voz estava muito pesada, língua enrolada e jogando a cabeça. A família questionou que Valdemar estava com sinais de um AVC e as duas médicas, uma clínica geral e a outra ginecologista, afirmavam insistentemente que era desidratação, e continuaram com a medicação. Foi quando a família pediu a transferência dele para outro hospital e elas não deram importância”, disse Socorro.

A reportagem tentou ouvir o hospital, mas não teve sucesso. No número de telefone disponibilizado na internet, nenhum funcionário atendeu.

Sonda pode ter sido introduzida de forma errada

Segundo ela, a situação se agravou ainda mais no dia 08, quando foi introduzida uma sonda na uretra de Valdemar. A irmã acredita que, de acordo com o laudo do Hospital de Clínicas, que atesta um traumatismo na uretra, a sonda pode ter sido introduzida de forma errada e sem que houvesse necessidade, já que o paciente estava urinando normalmente.

Após o procedimento, Valdemar teria apresentado um quadro de hemorragia intensa. Preocupados com a situação em que estava o aposentado, seus familiares insistiram em transferi-lo do hospital.

A central de leitos do município foi procurada e o paciente foi encaminhado para o Hospital de Clínicas de Ananindeua. “Foi diagnosticado que meu irmão estava em estado gravíssimo de AVC, hemorragia na uretra e infecção, e infelizmente ele veio a óbito na quarta-feira (10)”, lamentou. A família disse que vai tomar providências sobre o caso.

“Nós vamos denunciar os três médicos e o hospital por negligência no Conselho Regional de Medicina. Isso não pode ficar assim”,
anunciou.   (Diário do Pará)

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