Quatorze propriedades foram embargadas durante a operação Onda Verde, no Pará. As ações, executadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), ocorreram no mês de abril, nos municípios de Santana do Araguaia, Cumaru do Nore, São Félix do Xingu e Santa Maria das Barreiras, no sul do Pará.
Relatórios mensais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que apontaram focos de desmatamento, respaldaram a ação. O software SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), também forneceu dados que apontavam o desmate nos municípios.
Depois de uma compilação dos dados obtidos e o cruzamento com os resultados do relatório anual do monitoramento da floresta amazônica brasileira por satélite (projeto Prodes, também do Inpe), as equipes deslocaram-se à região para a confirmação ou não das informações.
“Os agentes de fiscalização ambiental verificam in loco se os polígonos sinalizados nos relatórios são desmatamentos ou áreas descampadas naturalmente – campos naturais, áreas rochosas e outras –, e se houve ou não intervenção humana”, explica o agente de fiscalização ambiental da Sema e coordenador da operação, Cristiano Rocha.
As equipes das instituições ambientais, onze servidores da Diretoria de Fiscalização da Sema, oito do Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar e dez do IBAMA, fiscalizaram 16 propriedades nos quatro municípios. A constatação do desflorestamento resultou no embargo de sete propriedades pela Sema e outras sete pelo IBAMA; duas não receberam embargos. Somadas, as áreas interditadas alcançam 585 hectares, a maioria em assentamentos da reforma agrária.




