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segunda-feira, dezembro 8, 2025
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Homicídio no TO é maior entre negros

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A taxa de homicídios de pessoas negras no Tocantins é de 27,1 contra 9,5 de pessoas não negras. Em âmbito nacional, em termos proporcionais, para cada homicídio de não negro no Brasil, em média, 2,4 negros são assassinados. Os dados pertencem à Nota Técnica Vidas Perdidas e Racismo no Brasil, do Instituto de Pesquisas Aplicadas (Ipea) divulgada ontem. “Uma pesada herança das discriminações econômicas e raciais contra os afrodescendentes no Brasil é a letalidade violenta”, diz trecho da pesquisa.

O levantamento calculou, para cada estado do País, os impactos de mortes violentas (acidentes de trânsito, homicídio, suicídio, entre outros) na expectativa de vida de negro e não negros, com base no Sistema de informações sobre Mortalidade (SIM/MS) e no Censo Demográfico do IBGE de 2010.

A pesquisa mostra que, no Tocantins, a perda da expectativa de vida de negros se aproxima de quatro anos superando a média nacional entre negros e não negros. Entre os homens é de 3,77 no Tocantins contra 3,49 na média nacional. Entre as mulheres negras a proporção é de 0,89 no Estado para 0,65 no País.

Apresentou os piores resultados no País o Estado de Alagoas, onde os homicídios reduziram em quatro anos a expectativa de vida de homens negros. Entre não negros, a perda é de apenas três meses e meio. O estado nordestino apresentou o pior resultado entre todas as Unidades da Federação.

A pesquisa constatou ainda que a cor da pele da vítima, quando preta ou parda, faz aumentar a probabilidade do mesmo ter sofrido homicídio em cerca de oito pontos percentuais, além das características socioeconômicas – como escolaridade, gênero, idade e estado civil. Neste caso a pesquisa considera ainda aqueles que sofreram mortes violentas no País.

Políticas Públicas

Líderes de movimentos sociais no Tocantins consideram que políticas públicas bem aplicadas podem ser capazes de contribuir para uma mudança desta realidade. O presidente da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Tocantins (Coeqto), Carlos Eduardo (Caê), acredita nas cotas como medida afirmativa contra estes índices. “Com mais pessoas na educação, melhoram os postos de trabalho e, portanto, diminuem os riscos”, falou.
Para o militante da causa, professor e escritor Maximiano Bezerra falta lazer, mercado de trabalho e educação de qualidade contra a violência. “Se faltam os acessos a estes direitos, os negros estão mais vulneráveis”, comentou. (Jornal do Tocantins)

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