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sábado, dezembro 6, 2025
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Hemopa Marabá oferece capacitação em hemoglopinopatias

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Representantes de 14 instituições de saúde do município de Marabá participaram da “Capacitação de Doenças Falciformes e outras Hemoglobinopatias”, nos dias 17 e 18, no auditório da Uepa da cidade, de 8h às 18h. O evento, promovido pela Fundação Hemopa, por meio do Hemocentro Regional de Marabá, que atualizou conhecimentos da equipe de saúde da hemorrede e de outras unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), para o diagnóstico precoce e da terapêutica adequada dos casos de Doença Falciforme e outras hemoglobinopatias, reduzindo o índice da mortalidade no Estado do Pará.

A capacitação, que conta com recursos do Ministério da Saúde, através do convênio nº 673/2009, será realizada nas unidades da hemorrede localizadas nos municípios de Castanhal, Marabá, Santarém, Altamira, Tucuruí, Capanema, Abaetetuba e Redenção.

Segundo a médica hematologista Saide Trindade, da Gerência de Hematologia, a Doença Falciforme é genética e de maior incidência no Brasil. No Pará, dos 32.577 pacientes cadastrados no hemocentro, 597 são portadores da doença e recebem atendimento ativo. Eles recebem tratamento com equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, fisiatras, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos, odontólogos, pedagogos e farmacêuticos, que garante atendimento especializado proporcionando melhor qualidade de vida aos que dependem dos serviços.

Anemia falciforme

É uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil. Ela é causada por uma modificação (mutação) no gene (DNA) que, em vez de produzir a hemoglobina A, produz uma hemoglobina chamada S. Se uma pessoa recebe um gene do pai e outro gene da mãe, que produzem a hemoglobina S, ela possui um padrão genético chamado SS, causador da anemia falciforme. Essa mutação genética, que produz a hemoglobina S, proliferou há muitos séculos no continente africano e, por isso, essa doença é muito presente no Brasil, cuja população tem em sua base de constituição os povos africanos.

Nas pessoas com anemia falciforme, as hemácias, em determinadas situações, assumem a forma de “meia lua” ou “foice”, daí o nome falciforme. Assim, as hemácias não oxigenam o organismo de maneira satisfatória, porque têm dificuldade de passar pelos vasos sanguíneos, causando má circulação, muitas dores e diversos outros problemas.

As pessoas com anemia falciforme (SS) apresentam sintomas muito diversificados. Enquanto em algumas a doença se apresenta de forma branda, em outras, os sintomas podem ser graves, como crises de dores ósseas, dores na barriga, infecções repetidas. A intensidade das crises varia conforme a idade da pessoa e a presença de outros tipos de hemoglobinas associadas com a hemoglobina S. Os bebês têm mais infecções e dores, com inchaço nas mãos e nos pés. Nas crianças maiores, as dores ocorrem mais nas pernas, nos braços e no abdome.

Traço falciforme

Se uma pessoa receber de um dos pais o gene para hemoglobina S e do outro o gene para hemoglobina A, ela não terá a doença, e sim o traço falciforme (AS). Portanto, essa pessoa não precisa de tratamento porque a doença não se desenvolverá. Caso tenha filhos ou filhas com outra pessoa que também herdou o traço, existe a possibilidade de ela ter uma criança com anemia falciforme (SS).

A médica faz um alerta para que as pessoas diagnosticadas com doença falciforme façam o cadastro nos Programas Estaduais de Atenção Integral, para que sejam tratadas de acordo com as normas do Ministério da Saúde (MS). As pessoas diagnosticadas com traço falciforme têm direito a orientação e informação genética na rede pública de saúde, conforme instrução do MS. Para se informar mais sobre o tratamento e a orientação sobre o traço falciforme, procure o posto de saúde mais próximo.

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