
O projeto político batizado de G5, lançado em abril deste ano como uma aliança entre prefeitos das cinco maiores cidades do Tocantins, tinha a pretensão de alavancar a pré-candidatura da senadora Professora Dorinha (UB) ao governo do Estado em 2026. No entanto, poucos meses depois, o grupo praticamente se desfez, expondo fragilidades na estratégia e deixando a senadora isolada — agora, mais associada ao deputado federal Carlos Gaguim (UB) do que à união inicial que lhe deu arranque.
O distanciamento não ocorreu por um único motivo. A prisão e afastamento do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (PODE), retirou um dos principais articuladores do tabuleiro. Em Paraíso, o prefeito Celso Moraes (MDB) aproximou-se do governador Wanderlei Barbosa. Já Wagner Rodrigues (UB), de Araguaína, e Josi Nunes (UB), de Gurupi, priorizaram agendas próprias para fortalecer candidaturas de familiares e o prefeito de Porto Nacional, se finge de morto.
A insistência de Dorinha em tentar viabilizar Gaguim como pré-candidato ao Senado também gerou desgaste e que vão muito além do G5. Internamente, a decisão é vista por parte de aliados como uma aposta arriscada, capaz de afugentar lideranças e comprometer apoios estratégicos. Além disso, a suposta visita da senadora ao escritório da advogada Dalide Correa, figura próxima a desafetos políticos recentes, alimentou rumores e reforçou a resistência de aliados de Eduardo Siqueira, que passaram a rejeitar seu nome.
Outro fator de tensão é o afastamento de Dorinha do deputado Vicentinho Júnior (PP), considerado um dos pré-candidatos mais competitivos ao Senado pela federação UB/PP, com chances reais de desbancar nomes como Eduardo Gomes (PL) ou Irajá Abreu (PSD).




