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segunda-feira, dezembro 8, 2025
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Folha de São Paulo publica matéria sobre indícios de fraude em série em obras da CODEVASF em Araguatins, Sítio Novo e outras cidades do Brasil

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Licitações de pavimentação afrouxadas pela estatal federal CODEVASF para escoar emendas parlamentares no governo Bolsonaro já resultam em obras precárias, paralisadas e superfaturadas.

A CODEVASF, entregue por Bolsonaro a partidos do centrão em troca de apoio político, cresceu em contratos no atual governo e expandiu seu foco e sua área de atuação —tudo isso sem planejamento e com controle precário de gastos.

Ao mesmo tempo, a estatal se transformou num dos principais instrumentos para escoar a verba recorde das emendas, distribuídas a deputados e senadores com base em critérios políticos e que dão sustentação ao governo no Congresso.

Esse fluxo de verbas e obras ocorre por meio de uma manobra licitatória que deixa em segundo plano o planejamento, a qualidade e a fiscalização, abrindo margem para serviços precários, desvios, superfaturamentos e corrupção.

A região norte do estado do Tocantins, conhecida como Bico do Papagaio, foi destinatária de contratos de pelo menos R$ 11 milhões da Codevasf para pavimentação.

As obras na região contam com recursos de emenda parlamentar por indicação do senador Eduardo Gomes (PL-TO), na modalidade emenda de comissão, no caso a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado.

No município de Araguatins, as obras de asfaltamento da estatal contêm trechos tão precários que expõem os motoristas ao risco de acidente. Os moradores relatam que o pavimento aplicado há poucos meses amolece e afunda nos dias de muito calor.

Em um trecho asfaltado pela empreiteira Construservice, os moradores reclamam que o pavimento amolecido faz com que muitos motociclistas caiam no chão ao estacionarem seus veículos, uma vez que os pés das motos entram no asfalto, e eles perdem o equilíbrio.

A comerciante Francielle Rodrigues, 30, que vende salgados na via asfaltada pela CODEVASF, conta que nos dias de altas temperaturas é comum ter que ajudar clientes a se levantarem quando eles resolvem parar suas motos próximas a sua mesa de quitutes.

“Esse asfalto não tem quatro meses e até hoje derruba moto. Quando esquenta ele amolece, e o pé da moto afunda”, diz.

Em razão dessa situação é possível ver pequenos furos ao longo das margens do asfalto em várias ruas, como se uma máquina tivesse picotado o pavimento em suas bordas.

“Quando passa caminhão pesado também afunda. Parece que o asfalto não endureceu direito”, diz o mecânico Gustavo Silva Rocha, 31.

Também no Bico do Papagaio, no município de Sítio Novo do Tocantins, há contratos de pavimentação do tipo bloquetes de concreto também a cargo da Construservice.

Os moradores do povoado de Macaúba reclamam que a obra na via de acesso à localidade foi paralisada há mais de um mês, deixando grandes espaços entre os trechos já executados.

A estrada passa em frente à propriedade rural onde vive o vaqueiro Ronilson Rodrigues de Sá, 42. “Quando chove, a água que desce da parte alta estraga os pedaços que eles já fizeram”, diz o trabalhador rural. ​

Em nota, a Construservice admitiu os problemas nos dois municípios do Tocantins e afirmou que eles serão resolvidos a partir de maio.

Leia a matéria completa clicando AQUI.

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