
Após quatro semanas de operação, as ações de fiscalização na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia, já resultaram em 229 intervenções e cerca de R$ 6,7 milhões em prejuízo às estruturas ilegais instaladas no entorno do território. As atividades envolvem o combate à extração irregular de madeira, garimpo e transporte ilícito de recursos naturais, com a aplicação de R$ 5,6 milhões em multas.
A operação, que conta com o apoio de diversos órgãos federais, inclui patrulhamentos em rodovias, reconhecimento de acessos, apreensão de materiais e ações conjuntas de controle ambiental. Na última semana, 47 novas fiscalizações foram realizadas. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) segue com visitas e diálogos junto às aldeias, enquanto a Polícia Rodoviária Federal intensifica o monitoramento contra o transporte ilegal de ouro, madeira, drogas e minérios.
Coordenada pela Casa Civil da Presidência da República, a ação foi iniciada em setembro por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da ADPF 709, com o objetivo de proteger os povos indígenas e o território. A operação reúne órgãos como Ibama, ICMBio, Incra, Exército Brasileiro, Polícia Federal, PRF, Abin e Força Nacional de Segurança Pública. O trabalho tem caráter permanente e busca garantir a presença efetiva do Estado na Amazônia.
Nos últimos dias, surgiram informações falsas sobre uma suposta ampliação da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, o que foi desmentido pelo Governo Federal. O território foi homologado há mais de 30 anos e abriga 426 indígenas dos povos Jupaú, Amondawa, Juma, Oro Win e Cabixi, distribuídos em 12 aldeias, além de grupos isolados. A operação reforça o compromisso com a preservação ambiental e a segurança das comunidades tradicionais que vivem na região.




