Com o nível do rio Tocantins abaixo da cota de alerta, marcando na última segunda-feira, 9, 9,06 metros acima do normal no final da tarde, a Defesa Civil Municipal começou a remover para suas casas as famílias que estão nos abrigos provisórios. Aproximadamente 50 delas, dos abrigos da Folha 16 e da antiga feira coberta na Marabá Pioneira já estão de volta.
Francisco Ribeiro Alves, o Bebé, um dos coordenadores da Defesa Civil Municipal, avaliou este ano como positivo para o órgão. “Conseguimos construir com antecedência os abrigos para centenas de famílias que foram atingidas pela enchente, tanto é que sobraram alojamentos”, sublinhou ele.
A expectativa segundo Bebé agora é que o rio continue baixando cada vez mais até atingir o patamar normal. “Estamos esperando as pessoas nos acionarem para serem deslocadas para suas casas”, explicou ele.
Alves lembrou que durante o período da enchente a Seasp (Secretaria de Assistência Social) distribuiu para os desabrigados cestas básicas e houve ainda auxílio médico e distribuição de remédios.
Este ano o nível mais alto das águas foi de 11,98 metros acima do normal, desabrigando 320 famílias. “Apesar de tudo, as coisas caminham dentro da normalidade, as reclamações por parte dos atingidos pela cheia são normais, recorrentes todos os anos”, avaliou Bebé.
De mudança…
A família de Márcia Bezerra dos Reis estava no abrigo da feira coberta da Marabá Pioneira havia dois meses. Ontem já retornou para casa. Segundo ela, as maiores dificuldades no abrigo foram quanto à água potável, limpeza e banheiros sem a devida higiene.
Delcilene Alves de Abreu passou dois meses em uma brigo improvisado na beira da Orla do Rio Tocantins com o marido mais três filhos. “Passei muita dificuldade no abrigo, não teve a assistência necessária por parte da prefeitura, outras pessoas que nos deram assistência. É muito bom voltar para casa, mas estou com medo da água voltar a subir novamente”, comemorou.
Domingos Pereira dos Reis também estava alojado no abrigo da antiga feira coberta e diz que a sensação de voltar para casa “é de alívio”. (Correio Tocantins)




