Em Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão, a acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência física ou dificuldade de locomoção é um problema. Assim como em muitos pontos de São Luís, as calçadas não têm um padrão de largura e altura, além de obstáculos no caminho que dificultam a passagem dessas pessoas.
Raimundo Soares é um dos que passam diariamente por esses obstáculos. Ele ficou paraplégico após um choque elétrico. Por causa dessa condição, tem que treinar todos os dias para driblar algumas dificuldades como entulhos nas calçadas e a falta de rampas.
O problema da acessibilidade está em toda a cidade. Na Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, por exemplo, a calçada tem três degraus e a rampa que dá acesso pela garagem é muito inclinada.
O secretário, Richard Sebba, admitiu a necessidade de tornar a fachada acessível e justificou dizendo que se trata de um imóvel alugado. Ele disse ainda que a lei de padronização das calçadas foi elaborada e agora deve passar por ajustes para ser votada na câmara dos vereadores da cidade.
“Nessa lei nova, nós só vamos considerar novamente o que já estava previsto no nosso código de postura: a responsabilidade pela manutenção da calçada é do proprietário do imóvel. Na lei das calçadas nós vamos fazer as considerações sobre o tipo e o padrão, a largura e o nível da calçada para que ele possa adequar”, declarou o secretário.
O presidente do Centro de Assistência Profissionalizante ao Amputado e Deficiente Físico de Imperatriz, Edilson Vieira, disse que a luta vai continuar. A entidade foi criada há 15 anos e precisou cobrar muito para que as conquistas de hoje fossem atendidas. “A questão do banheiro nos shoppings, as vagas de estacionamento, são coisas que nós brigamos”, contou.
