
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET) manifestou sua indignação diante da decisão da Secretaria do Tesouro Nacional de suspender, a partir de 21 de fevereiro de 2025, as novas contratações de financiamentos rurais subvencionados no âmbito do Plano Safra 2024/2025. A medida foi classificada pela entidade como um risco à continuidade da produção agropecuária e uma ameaça à segurança alimentar e à economia do setor.
De acordo com a FAET, a decisão compromete o planejamento estratégico dos produtores, que necessitam de previsibilidade para garantir a produção e a comercialização de suas safras. A suspensão do crédito rural, segundo a entidade, agrava um cenário já delicado, marcado pelo aumento dos custos de insumos, combustíveis e pela incerteza tributária.
A preocupação da federação se estende aos agricultores que ainda estão colhendo a safra atual e àqueles que iniciam a segunda safra contando com novos recursos. Sem o financiamento, muitos podem enfrentar dificuldades para manter a produção e honrar seus compromissos.
Para a FAET, a suspensão dos financiamentos prejudica toda a cadeia produtiva, colocando em risco o abastecimento nacional e o equilíbrio dos preços dos alimentos. A entidade considera a medida um golpe ao setor agropecuário e cobra uma resposta imediata do governo federal.
O presidente da FAET, Paulo Carneiro, reforçou a gravidade da situação e destacou a importância do agronegócio para a economia brasileira.
“O agronegócio é um dos pilares da economia nacional, responsável por gerar empregos, impulsionar exportações e garantir alimentos acessíveis para toda a população. A escassez de recursos para a equalização de juros afeta diretamente a competitividade do setor, tornando-o ainda mais vulnerável a crises. O governo precisa agir e garantir o crédito necessário para que o setor continue cumprindo seu papel vital”, declarou.
A federação alertou que a decisão pode impactar não apenas o setor agropecuário, mas toda a economia tocantinense e nacional. Diante disso, a entidade reforçou seu compromisso em defender os interesses dos produtores rurais e afirmou que seguirá cobrando ações concretas para a retomada dos financiamentos.