O ex-policial Darlan Carlos Silva Barros, que atirou contra o flanelinha Jhonny Higson Miranda da Silva em novembro de 2001, foi condenado por maioria dos votos a 11 anos, 10 meses e seis dias de prisão em regime fechado. A sentença foi divulgada por volta das 17h30 desta quinta-feira (25), no Fórum Cível de Belém.
A defesa informou que vai recorrer da decisão. De acordo com o a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado, Darlan Barros, que respondeu o processo em liberdade, continuará livre até que a sentença seja confimada em instância superior.
Higson tinha 12 anos quando teria sido baleado pelo policial após pedir dinheiro por limpar o para-brisa do carro dele em um semáforo de Belém. O tiro atravessou o braço do jovem, perfurou fígado, um rim e o baço, ficando alojado na coluna e deixando o Higson paraplégico. De acordo com a defesa do réu, ele não teve envolvimento com o crime.
De acordo com a promotoria, testemunhas viram o momento do disparo e confirmam a participação do ex-policial no crime. A defesa negou a autoria do delito, informando que existem laudos que comprovam que o ex-policial não teria feito o disparo que deixou o jovem paraplégico.
O réu não compareceu ao julgamento. Segundo a defesa de Barros, a mãe do ex-policial teria sofrido um ataque cardíaco fulminante na quarta-feira (24).
Esta é a segunda vez que o caso Higson vai a julgamento. Em 2011 a vítima ganhou um processo cível contra o estado, recebendo uma indenização que, segundo a vítima, foi usada para comprar uma casa. (G1 PA).
