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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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Etanol de batata-doce pode ser produzido no TO

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Produzir etanol a partir da batata-doce já é uma realidade no Tocantins. Uma tonelada de batata-doce é o suficiente para produzir até 170 litros de álcool e 300 quilos de resíduos úmidos. Uma usina foi inaugurada ontem na Universidade Federal do Tocantins (UFT), em Palmas, e terá capacidade de produzir até 3 mil litros de álcool por dia.

Segundo o reitor da universidade Márcio Silveira, a miniusina irá funcionar como uma espécie de vitrine tecnológica, cujo produto não tem fim comercial. Ainda conforme informações do reitor, a usina oferece muitas possibilidades de produção como a fabricação de álcool para indústria farmacêutica e de bebidas.

De acordo com o reitor, as pesquisas para elaborar um produto que fosse uma alternativa à cana-de-açúcar começaram há 12 anos. A batata-doce foi o caminho escolhido e chegou a passar por melhoramentos genéticos para otimizar o teor de amido e açúcar da raiz tuberosa, até alcançar o ponto necessário para produção de etanol.

“A ideia da UFT é que esse trabalho sirva como exemplo inovador para que os produtores possam conhecer a tecnologia e levar suas propostas a outras cidades e implantar as próprias usinas”, argumentou Silveira. A proposta da universidade é que a matéria-prima da usina da universidade seja produzida pelos produtores da nossa região.

Segundo as pesquisas da UFT, a batata-doce tem capacidade de produção superior à da cana-de-açúcar na produção de etanol, tanto o hidratado com o anidro. O reitor da instituição de ensino destacou que a inovação é promissora, tendo em vista que a raiz possui muitas vantagens em relação a outros vegetais utilizados para a fabricação de etanol, entre elas “a ausência de queimadas e conservação da camada de ozônio”.

O objetivo da universidade é que a batata-doce crie uma alternativa de produção para pequenos e médios produtores. “A Amazônia tem mais de 20 milhões de pessoas que não podem ficar fora das oportunidades geradas com biocombustíveis”, disse Silveira.

Amazônia

Durante a inauguração da usina, que foi realizada no auditório do Centro Universitário Integrado de Ciência, Cultura e Arte (Cuica), da UFT, também foi lançado o Programa de Produção de Etanol Social da Amazônia, que segundo Silveira “irá gerar emprego para os produtores, que através de cooperativas poderão ter a própria usina de etanol”.

O titular da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) Djalma Mello, explicou que a parceria com a UFT é promissora. Segundo Mello, devido a uma resolução do Banco Central, a Sudam não poderia financiar a produção de cana-de-açúcar na região, o que dificultava a produção de etanol.

“Procuramos resolver esse problema e encontramos a solução na UFT, que há anos desenvolve a batata”, afirmou o superintendente da Sudam, ao lembrar que foi aplicado R$ 1 milhão para na pesquisa. “Agora é buscar o empresário para produção”, detalhou.

Tecnologia

O diretor de bioenergia da Cimasp, empresa que desenvolveu os equipamentos da miniusina, explicou que as colunas das usinas tradicionais destilam líquido e não massa, como o caso da tecnologia do etanol de batata-doce “Nós trouxemos para o Brasil usinas voltadas para a destilação de amido como milho e soja. Para a usina da UFT, criamos um equipamento próprio para trabalhar com a batata-doce industrial”, concluiu.

Para a estudante Amanda Sousa, aluna de Mestrado de Agroenergia, a nova tecnologia é um marco no Estado. “Ingressei no projeto ainda na graduação de Engenharia Ambiental e pude perceber que a batata-doce chegou para mudar o cenário do Tocantins”, garantiu a pesquisadora que espera um crescimento econômico a partir da implantação das usinas de etanol de batata-doce. (Jornal do Tocantins)

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