A construção civil foi a campeã na geração de empregos formais no Pará em 2012, aponta levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Diesse) divulgado esta semana. De janeiro a dezembro, segundo o estudo, o crescimento foi de 15,71%, com saldo positivo superior a doze mil postos de trabalho. O resultado também é o melhor da região Norte.
O balanço faz parte do projeto Observatório do Trabalho do Pará, parceria da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter) e o Diesse. Segundo o titular da Seter, Celso Sabino, o crescimento é reflexo das ações do governo do Estado, que não tem medido esforços na política de ampliação dos empregos e melhoria da renda do trabalhador paraense.
“Será formado um grupo de trabalho, com representantes da Seter e das secretarias de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e de Proteção e Desenvolvimento Social, com o objetivo de elevar, cada vez mais, o Pará no ranking de Estados que têm as melhores oportunidades de emprego no Brasil”, diz o secretário.
O estudo, feito com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Cacged), do Ministério do Trabalho, aponta que durante todo o ano de 2012 foram feitas, pela construção civil, 83.914 admissões contra 71.669 desligamentos, gerando um saldo positivo de 12.245 novos empregos. O crescimento só não foi maior que em 2011 por causa da queda de 3,99% na geração de empregos formais no mês dezembro.
Ainda assim, o Pará fechou o ano como o Estado que teve a maior geração de empregos na região Norte no setor, seguido pelos Estados de Rondônia (1.128 postos de trabalhos), Amazonas (955), Acre (844), Roraima (776), Tocantins (195) e Amapá (183). Em toda a região, foram feitas 183.195 admissões contra 166.869 desligamentos, gerando um saldo positivo de 16.326 postos de trabalhos, crescimento de 8,67% entre janeiro e dezembro de 2012.
Celso Sabino diz que o Governo do Pará tem estimulado e fomentado a instalação de novas empresas no Estado. “Temos buscado também atrair diversos investidores para a região, com novas indústrias e novas prestadoras de serviços. Paralelamente, desenvolvemos uma política de qualificação e capacitação profissional”, assevera, ressaltando que, para acompanhar o crescimento do setor, a Seter tem planejado diversos cursos de qualificação na área, para compreender a demanda crescente da economia paraense.
Em 2012 mais 21,5 mil pessoas foram atendidas e beneficiadas com os programas de qualificação profissional de mestres obras, operação de detoneira e operador de maquinas pesadas, entre outros. “O uso dos investimentos públicos nessa área tem recebido uma atenção especial, sendo trabalhado sempre paralelamente com os cursos ofertados no mercado, para atingir a empregabilidade máxima de cada real investido”, ressalta Celso Sabino.
“É necessário oferecer cursos para a construção civil, por ser este o setor que mais emprega no Estado, até porque quando uma indústria vem para o Estado, é necessário qualificar mão de obra para trabalhar na parte de parte fabril, centro de distribuição ou local de funcionamento e distribuição”, conclui o secretário. (Pablo Almeida)




