Reuniões técnicas com as comunidades localizadas na região da RDS-Alcobaça, em Tucuruí, município do sudeste do Pará, já começaram a ser realizadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater). Nas reuniões são discutidas possibilidades de agricultores familiares e pescadores artesanais da área serem beneficiados com o crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A ação acontece em parceria com o Sindicato dos Pescadores e a Colônia de Pescadores Z 32.
O trabalho atende a uma das demandas apresentadas durante a elaboração do diagnóstico participativo, realizado pela Emater com as comunidades. Essa é a primeira vez que a empresa atende comunidades da RDS-Alcobaça. O objetivo é intensificar a prática da agricultura de subsistência existente nas áreas, especialmente a da mandioca, para a produção e comercialização de farinha.
Para garantir o acesso ao crédito, a Emater começa a emitir os Documentos da Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf-DAP). Quando aprovados os projetos técnicos, os agricultores terão acesso a recursos que variam de R$ 3 mil e 20 mil, que serão empregados especificamente na compra de equipamentos de pesca e no fortalecimento da agricultura de subsistência.
Entre os principais problemas identificados está a diminuição dos estoques pesqueiros e a pesca predatória praticada na região do Lago de Tucuruí. Atualmente, a pesca garante a maior parte da renda das famílias. Segundo o diagnóstico, há possibilidade de haver a transição dos pescadores para a aquicultura, processo que está sendo regulamentado. “O incentivo à ampliação e à diversificação dos cultivos anuais é uma das propostas para amenizar o problema e ampliar a renda das famílias”, informou Zélia Marques, técnica da Emater.
Outros programas
Durante as reuniões, a Emater também sensibiliza os agricultores e pescadores artesanais para o acesso ao Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA) e ao Programa Nacional de Apoio e Fortalecimento da Merenda Escolar (PNAE), a fim de aumentar a renda e melhorar a qualidade de vida.
Ainda segundo Zélia Marques, a expectativa da equipe que trabalha com as comunidades é fortalecer a produção e aumentar a produtividade das lavouras. “Se conseguirmos que os agricultores acessem os programas federais a renda por família pode dobrar. Hoje, cada família retira em média, com a venda do pescado, R$ 300,00, mensalmente”, completou.




