A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) começa a identificar agricultores familiares no município de Paragominas, no nordeste paraense, com aptidão para a criação de suínos. O projeto vai beneficiar, num primeiro momento, 80 famílias de áreas de assentamento e de áreas de posse, localizadas a 150 quilômetros da sede do município.
O projeto faz parte de um protocolo de intenção firmado entre o Governo do Pará e a empresa Fortefrigo, à qual caberá entregar cerca de 200 animais por família, em média, com 18 quilos cada um, para a terminação. A elaboração dos projetos e a assistência técnica e extensão rural aos agricultores serão de competência da Emater.
As famílias terão financiamento do Banco da Amazônia, via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) das linhas A, com teto de R$ 21,5 mil, e AF, com teto de R$ 50 mil, especificamente para as instalações de cria e engorda do suíno, que deve atingir 100 quilos para a comercialização. Para desenvolver as ações, técnicos da Emater foram a Santa Catarina, maior produtor de suínos do Brasil, para conhecer as instalações, tecnologias e equipamentos que os catarinenses usam na modalidade terminação de leitão, a fim de elaborar um modelo adaptado para a região paraense.
Segundo o médico veterinário da Emater Sidney Aguiar, a ideia é diversificar a produção das famílias e oferecer uma nova alternativa de renda, que deve gerar cerca de R$ 3,5 mil a cada ciclo, que ocorre três vezes ao ano. “O mercado para os suínos já está garantido. Cabe ao frigorífico absorver toda a demanda produzida, conforme o protocolo”, explica.
Fora a venda dos suínos, a comercialização dos dejetos representa outra agregação de valor ao produto, que pode ser vendido como adubo orgânico ideal para ser usado na pastagem e em toda a plantação. Os primeiros projetos devem ser implantados a partir de dezembro deste ano.
