
A Polícia Federal realizou nesta sexta-feira, 30, novas diligências no âmbito da Operação Sisamnes, desta vez tendo como um dos alvos o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos). A operação apura um esquema nacional de venda de decisões judiciais e vazamento de informações sigilosas de investigações em curso. A participação do gestor municipal ainda não foi detalhada pelas autoridades.
As ações ocorreram em três endereços na capital tocantinense e foram autorizadas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que conduz o inquérito. A operação é uma continuidade das investigações que já alcançaram instâncias superiores do Judiciário, como o Tribunal de Justiça de Mato Grosso e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde há indícios da comercialização de sentenças e favorecimentos indevidos.
Esta não é a primeira vez que o Tocantins figura no foco da operação. Em março, uma etapa anterior resultou na prisão do advogado Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa. Na mesma ocasião, o procurador de Justiça Ricardo Vicente da Silva foi alvo de mandados e acabou exonerado do cargo no Ministério Público do Estado.
Com os desdobramentos desta nova fase, a Operação Sisamnes amplia o alcance das investigações e volta a lançar luz sobre conexões políticas e institucionais no Tocantins. A Polícia Federal ainda não divulgou se novas medidas cautelares serão adotadas contra os envolvidos.