O ex-deputado federal, Eduardo Gomes (SD), vai oficializar nos próximos dias sua pré-candidatura ao Senado Federal, nas eleições de 2018. Derrotado em 2014 pela senadora Kátia Abreu (PMDB), com uma diferença minúscula, de apenas 0,87%, Gomes deve percorrer todos 139 municípios do estado ainda este ano, se reunindo com líderes e comunidades, para ouvir e dialogar sobre temas que possam contribuir com sua candidatura e um possível mandato.
Diferente de 2014, agora são duas vagas em jogo, fato que aumenta significativamente as chances de Eduardo Gomes.
Paralelo ao foto de percorrer o estado, visitando municípios e defendendo sua provável candidatura, Gomes ainda terá que usar de seu já conhecido poder de aglutinação, para construir dentro de seu próprio partido uma unidade, já que o SD no Tocantins, não é legenda de um homem só, e possui líderes importantes como os deputados Amélio Cayres, Wanderley Barbosa e Vilmar do Detran, além de vários prefeito e ex-prefeitos. Eduardo terá um ponto que pesará a seu favor, o fato de Amélio e Vilmar terem disposição de disputarem uma cadeira na Câmara dos Deputados. Amélio representando o centro norte e Vilmar o centro sul. Gomes entraria ai, podendo canalizar e abrir espaços para os dois em novos municípios onde sempre teve base, construída ao longo dos três mandatos de deputado federal.
Por outro lado, Gomes enfrentará um problema sério, ajudar a definir qual rumo o SD tomará, quanto a qual chapa majoritária compor. Será um verdadeiro teorema.
Outro ponto questionado sobre Eduardo Gomes, é se ele realmente toparia enfrentar um eterno aliado, o ex-governador Siqueira Campos, caso ele também se lance candidato ao Senado. Siqueira está em conversar adiantas e deve ser o candidato a senador número 1, na chapa de Kátia Abreu. Se Gomes em uma dessas conveniências políticas ocupasse a vaga número 2 na chapa de Kátia, o problema estaria resolvido. Mas e se o SD não compor com Kátia, Eduardo teria intrepidez para disputar?
Uma fonte da direção nacional do SD, disse ao webjornal Folha do Bico, que apesar do ótimo relacionamento que Eduardo Gomes, sempre teve e o respeito que ainda tem por Siqueira Campos, esse ponto não seria motivo para abrir mão de uma disputa, até porque são duas vagas em jogo, independente se estiverem em palanques de majoritárias diferentes. E o SD tem cobrado de Gomes um posicionamento mais independente.
Este ano, Gomes chegou a receber convites do Palácio Araguaia e da Prefeitura de Palmas, para compor o staff dos grupos. Gomes recusou. A negativa do ex-parlamentar se deu, não por conta de restrições a Marcelo Miranda ou Carlos Amastha, mas para preservar sua própria intenção de se colocar como pré-candidato ao Senado. Se agiu certo, só o futuro vai dizer.
No segundo semestre, Gomes deve acelerar juntos aos municípios, sua participação na inauguração e entrega de dezenas de obras, destinadas por ele no mandato passado, assim como já fez em Sítio Novo do Tocantins, no último dia 28 de abril, quando esteve pessoalmente a convite do prefeito Alexandre Farias (SD), no povoado Sumaúma, para a entrega de um ginásio de esporte, construído com recursos de emenda.
No mais, Eduardo vai colocar o time em campo e realizar sua pré-campanha. Todo o time que certa Gomes comenta que assim como em 2014, a candidatura em 2018 também é para valer. Sendo que deste a direção nacional do SD, que possui pesquisas qualitativas, até os líderes locais, enxergam mais chances de eleição agora, do que no confronto contra Kátia em 2014.
