A defesa do governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de habeas corpus na tentativa de garantir seu retorno imediato ao cargo. O pedido foi apresentado na última quinta-feira (4) e, nesta segunda-feira (8), foi distribuído ao ministro Edson Fachin, que será o relator do caso. Ainda não há prazo definido para análise da solicitação.
Wanderlei e a primeira-dama, Karynne Sotero, foram afastados por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) durante a segunda fase da Operação Fames-19, conduzida pela Polícia Federal. A investigação apura o uso irregular de emendas parlamentares e o suposto recebimento de vantagens indevidas por agentes públicos e políticos durante a pandemia de Covid-19. Em nota, o governador classificou a medida como “precipitada”, afirmando que os fatos ocorreram na gestão anterior, quando ainda era vice-governador e não ordenador de despesas. Já a primeira-dama declarou que vai “comprovar total ausência de participação nos fatos”.
No habeas corpus, a defesa sustenta que não há provas que justifiquem o afastamento, destacando que os indícios se referem ao governo do ex-governador Mauro Carlesse (Agir). Além disso, os advogados argumentam que não houve corrupção sistêmica, que os fatos investigados são antigos e que a atual gestão tem alcançado bons resultados econômicos, com indicadores positivos de crescimento no Estado.
