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sábado, dezembro 6, 2025
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Defensoria, MPF e MPE pedem auditoria na SESAU

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20130418143238_sesau_toEm reunião, na tarde desta segunda-feira, 19, integrantes da Defensoria Pública, do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público Estadual (MPE) e o Tribunal de Contas de União (TCU) pediram, com urgência, que seja instaurada uma auditoria nas contas da Secretaria Estadual de Saúde (SESAU). O motivo é a falta de medicamentos nos hospitais públicos do Estado.

O problema da falta de insumos já se estende há mais de seis meses e tem gerado transtornos para usuários do sistema de saúde, conforme tem mostrado nas últimas semanas o Jornal do Tocantins. MPE, MPF e Defensoria possuem procedimentos investigativos acerca da falta de medicamentos nos hospitais, inclusive algumas ações civis já foram ingressadas na Justiça para garantir o abastecimento.

De acordo com o defensor público Arthur Luiz Pádua Marques, durante inspeção da Defensoria em hospitais públicos foram detectados vários problemas com relação à falta de medicamentos e de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Nós estivemos no Hospital Geral de Palmas (HGP), no  Infantil e no Dona Regina e já temos muitas provas dos problemas que estão acontecendo nos hospitais.

Procurada, a SESAU afirmou que é totalmente favorável a qualquer auditoria nas contas e que está aberta para fornecer todo e qualquer material ao processo.

Morte

A paciente Antônia Márcia da Silva, 38 anos, faleceu no último domingo, segundo familiares, por causa da falta de medicamentos. A mulher é uma das oito pessoas que foram infectadas pela bactéria acinetobacter. Todos os pacientes estavam internados na UTI do HGP. Antônia fazia tratamento contra a hanseníase. Em entrevista o marido de Antônia, Lindomar de Sena Vieira, afirmou que no período de 40 dias, o principal medicamento contra a infecção hospitalar, o prolimixina, faltou três vezes no hospital. Conforme o marido, na última vez, a mulher teria ficado cinco dias sem tomar a medicação. O marido ainda contou que teria gasto mais de R$ 1 mil para comprar o remédio para Antônia.

De acordo com a SESAU, a mulher morreu em decorrência de uma falência múltipla de órgãos e que o óbito não foi ocasionado pela falta de medicamentos. A secretaria também negou que a paciente tenha ficado sem o medicamento. “Segundo consta no prontuário, nos dias em que houve a falta da polimixina, o medicamento foi substituído por outro similar, não tendo a interrupção do tratamento e nem prejuízos à saúde da paciente”, disse a nota.

Crise aguda

A falta de medicamentos vem se tornando comum nos hospitais estaduais do Tocantins. Vários pacientes têm reclamado que precisam comprar o remédio para não interromper o tratamento. Durante reunião ontem, o MPF, o MPE e a Defensoria Pública pediram ao TCU que fizessem uma auditoria nas contas da SESAU. (JT)

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