O comércio informal no município de Sana Inês tem crescido cada vez mais nos últimos tempos. É possível encontrar de tudo nas principais ruas e avenidas da cidade e barracas improvisadas são instaladas sem nenhuma fiscalização. A situação preocupa a Associação Comercial do município.
Os pontos de venda estão espalhados por toda a cidade, basta um pequeno espaço para as barracas serem montadas. Na Rua do Comércio em Santa Inês, os pedestres disputam as calçadas com os comerciantes. Vende-se de tudo, alimentos, produtos eletrônicos, roupas, brinquedos. Alguns vendedores até se organizam, mas a maioria coloca os objetos no chão. Os pontos escolhidos geralmente são os mais movimentados onde o faturamento é maior e quase todos os trabalhadores informais dizem que dependem exclusivamente da atividade. Os comerciantes afirmam, ainda, que conseguem ganhar o sustento da família no comércio informal e que preferem continuar vendendo nas ruas do que em outros locais ainda que não tenham nenhum conforto.
De acordo com a Associação Comercial de Santa Inês, o comércio informal é atividade que mais cresce na cidade. Os vendedores ambulantes não ficam preocupados em obstruir as calçadas e se acomodam em qualquer lugar, a maioria está no ramo há muitos anos. “Trabalho há seis anos no ramo, é desse dinheiro que eu pago minha conta de água e de luz, e sustento minha casa”, disse a vendedora de lanche, Marinalva Rodrigues Franco, que imstalou sua barraca em uma das ruas mais movimentadas da cidade.
Para o presidente da Associação Comercial de Santa Inês, Antônio Carlos Oliveira Filho, o crescimento desordenado do comércio informal no município é preocupante e precisa da ação dos órgãos regulamentadores. “O comerciante informal se apropria de um bem público, o privatiza em seu benefício próprio e não traz nenhum benefício para a sociedade. É um grande prejuízo e nós estamos nos rebelando contra isso. A primeira coisa que há de se fazer é um disciplinamento do uso das vias públicas. Não se proíbe um camelô ou comerciante informal de se instalar, se existir o disciplinamento para que o faça de maneira correta. A regras existem, porém não estão sendo cumpridas, nem pelos gestores públicos e muito menos pelos comerciantes informais”, afirmou o presidente.




