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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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CPI aprova quebra de sigilos de Construtora Rio Tocantins

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira aprovou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da Construtora Rio Tocantins. O requerimento aprovado no último dia 17 é de autoria dos deputados federais Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Mendonça Prado (DEM-SE).

Na justificativa que sustentou a quebra de sigilo da empresa, os deputados citam levantamentos feitos pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo onde “mostram que as raízes no Estado do Tocantins dos grupos supostamente ligados ao contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, são maiores e mais antigas do que se pensa”.

O argumento usado no requerimento também cita que a PF aponta o empresário Rossine Aires Guimarães como um dos sócios de Cachoeira e que teria faturado milhões de reais desde o governo Marcelo Miranda (PMDB), passando pelo governo de Carlos Gaguim (PMDB), citado no requerimento como sócio de Rossine em uma empresa, e pelo atual governo Siqueira Campos (PSDB). “No total, Rossine faturou em obras, só nos últimos governos, R$ 234.444.617,62”, descreve o requerimento.

Os deputados mostram o que do total de pagamentos feitos à empreiteira (que presta serviços de construção conservação de estradas, além de construir moradias), a gestão do ex-governador Marcelo Miranda, em 21 meses, desembolsou R$ 74,7 milhões; nos 15 meses da administração de Carlos Gaguim o montante foi de R$ 140,6 milhões; e em 2011, já no governo de Siqueira Campos (PSDB), R$ 19,1 milhões foram pagos à empresa.

Na época, Gaguim afirmou que apenas um contrato com a construtora foi feito na sua gestão – o valor era, segundo ele, de R$ 10 milhões. Os demais pagamentos, conforme Gaguim, são referentes a contratos da administração de Marcelo Miranda. Sobre a sociedade com Rossine, ele disse que quando estava à frente do governo era o seu sócio, Pablo Castelhano Teixeira, que cuidava da empresa.

Marcelo Miranda confirmou que foram vários contratos firmados com a construtora na sua gestão, mas todos licitados e que, até onde acompanhou na sua gestão, as obras estavam sendo executadas.
A atual administração estadual informou que apenas um contrato está em execução é que já foram feitas três medições e a obra está sendo executada de maneira muito satisfatória.

Convocação

A CPMI também aprovou outro requerimento, desta vez assinado pelos senadores José Pimentel (PT-CE), Humberto Costa (PT-PE) e Walter Pinheiro (PT-BA), convocando de Rossine para prestar depoimento à CPMI. Os senadores também acusam Rossine de ser sócio de Cachoeira, desta vez na empresa Ideal Segurança, que também teria como sócios o ex-diretor da Delta, Claudio Abreu, e o delegado federal Deuselino Valadares.

O requerimento dos senadores aponta o envolvimento de Rossine com o governo de Goiás, por meio de contratos entre a Agência Goiana de Transportes e Obras e a empresa Vale do Rio Lontra, outro nome usado da Construtora Rio Tocantins. Os senadores citam um envolvimento mais próximo de Rossine e o governador de Goiás, Marconi Perillo, dizendo que os dois seriam sócios de um avião Cessna, avaliado em R$ 4 milhões. (Colaborou Aline Sêne)

Doações

Nas eleições de 2010, Rossine contribuiu com campanhas eleitorais de diversos candidatos no Tocantins. Ele doou R$ 3 milhões para a campanha do PSDB, de Siqueira Campos, e R$ 500 mil para a do PMDB, de Carlos Gaguim. Os dois disputaram o governo do Estado nas eleições de 2010. De acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Construtora Rio Tocantins doou mais R$ 712 mil, dos quais R$ 500 mil para o PMDB e R$ 212 mil para as campanhas de um senador e um deputado federal peemedebistas. Rossine também fez doações em Goiás.
Rossine também doou R$ 162 mil para a campanha do candidato a senador Marcelo Miranda e R$ 50 mil para o candidato a deputado federal Júnior Coimbra. (Jornal do Tocantins)

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