A Polícia Civil do Pará aplicou prova neste domingo, 5 visando o preenchimento de 670 vagas em diversos cargos. Pela manhã, foram aplicadas as provas para escrivão, investigador e papilocopista, que exigem formação de nível superior em qualquer área. Pela tarde, desde as 14h, segue a segunda etapa do certame, voltada para os candidatos ao cargo de delegado.
Dos 13.412 candidatos esperados pela manhã, 3.922 não compareceram aos seus locais de prova, perfazendo um percentual de 29,24% de faltosos. As ausências ocorreram em maior número no interior do estado, onde o índice de faltosos chegou a 31,47%. Na capital, o índice foi de 28,31%.
De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, durante toda manhã não foram registradas intercorrências no certame. “Está tudo tranquilo. O concurso foi muito bem organizado pela Uepa, que já tem know-how para realizar processos seletivos. Estamos acompanhando tudo de perto e está saindo tudo como o planejado”, avaliou.
Na Escola Estadual Visconde de Souza Franco, colégio que abrigou grande quantidade de inscritos, por exemplo, não foram registrados casos de candidatos que perderam a prova por atraso. E no Campus V da Uepa, no bairro do Marco, apenas uma pessoa precisou de atendimento médico, mas foi logo liberada.
Os candidatos tiveram quatro horas para responder a 50 questões objetivas de Português, noções de Informática e conhecimentos específicos do cargo que está sendo pleiteado. Pela parte da tarde, a quantidade de questões é mesma, mas os candidatos a delegados tiveram que responder a várias questões de conhecimentos básicos e atualidades. A primeira subfase foi realizada nos municípios de Altamira, Belém, Itaituba, Marabá, Redenção e Santarém.
Após a prova, o clima entre os candidatos era de grande expectativa. Elias Lopes, que pleiteia uma das vagas de escrivão, estava confiante no resultado. “Achei a prova melhor que o concurso anterior, que foi anulado. As questões estavam mais voltadas para área”, afirmou. Opinião compartilhada por Samara Sousa que também destacou a tranquilidade no certame. “Achei bem tranquilo e organizado”, afirmou a candidata ao cargo de investigador da PC.
A prova escrita compõe a primeira etapa do certame, que é dividido em seis subfases. Será considerado classificado na prova objetiva e apto para a subfase seguinte da primeira etapa, o candidato que estiver entre as 360 melhores pontuações, respeitado o empate daqueles que possuírem nota idêntica na última colocação (360ª) e não obtiver nota inferior a sete na pontuação total. No caso dos candidatos inscritos na condição de Pessoa com Deficiência (PcD), o limite de corte são as 18 melhores pontuações, também respeitando os mesmos critérios.
Na primeira etapa do concurso, os candidatos passarão ainda por prova de Capacitação Física; Exames Médicos; Exame psicológico; Prova Oral; e de Investigação criminal e social, todas de caráter eliminatório. Cumprida essa fase, os classificados seguirão para a segunda etapa que corresponde ao Curso Técnico Profissional, de caráter eliminatório e classificatório, de responsabilidade da Polícia Civil do Estado do Pará, a ser realizado e ministrado pela Academia de Polícia Civil/IESP, nas instalações do Instituto de Ensino em Segurança Pública, localizada no município de Marituba.
Das 670 vagas ofertadas pela Polícia Civil, 150 são para o cargo de delegado; 250 para investigador; 250 para escrivão, e 20 papiloscopista. O cargo de delegado prevê uma remuneração inicial, incluindo as gratificações, no valor de R$ 7.695,02. Para os demais cargos, a remuneração inicial é de R$ 3.098,79, com as gratificações.
A expectativa do delegado geral da Polícia Civil é de que até o final do ano o processo de formação destes novos policiais já esteja concluído. “Estamos trabalhando para que até o final do ano que vem, todos os municípios já estejam com delegacias montadas, com os delegados atuando e toda a sua equipe de trabalho”, afirmou. (Ize Sena)




