
Diante do expressivo crescimento dos crimes cibernéticos no Tocantins, o Ministério Público do Estado (MPTO), por meio do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), instaurou nesta segunda-feira, 4, um procedimento para monitorar a atuação da Secretaria da Segurança Pública (SSP) na prevenção e combate a esse tipo de delito. O objetivo é avaliar o planejamento, as ações desenvolvidas e os investimentos realizados pelo poder público para enfrentar a criminalidade digital.
Dados levantados pelo Gaesp revelam que o estelionato por meio eletrônico no estado cresceu 31,4% em apenas um ano, passando de 3.078 casos em 2022 para 4.043 em 2023. O crescimento foi significativamente superior ao registrado no estelionato tradicional, que teve aumento de apenas 4,5% no mesmo período. O MPTO alerta que os idosos têm sido o principal alvo dos golpistas e requerem atenção redobrada em ações de orientação e educação digital promovidas pela SSP.
Além dos estelionatos, os crimes cibernéticos englobam uma gama mais ampla de delitos, como fraudes bancárias, violação de dados pessoais, cyberbullying, crimes contra a honra nas redes sociais e até crimes contra a dignidade sexual. Por isso, o Gaesp requisitou à SSP informações detalhadas sobre a estrutura da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), incluindo quadro de pessoal, recursos tecnológicos, investimentos dos últimos cinco anos e programas de capacitação.
O MPTO também quer saber quais ações de prevenção e conscientização estão sendo realizadas, as parcerias firmadas pela SSP, além de dados estatísticos sobre crimes cibernéticos desde 2019. A Secretaria tem o prazo de 20 dias úteis para apresentar as respostas. A portaria que instaurou o procedimento foi assinada pelo promotor de Justiça João Edson de Souza, coordenador do Gaesp.




