Perseguição. Essa é a palavra usada por vários líderes, secretários municipais e ocupantes de cargos públicos nas Prefeituras Municipais do Bico do Papagaio, onde o prefeito apóia a candidatura de Eduardo Siqueira Campos (PTB), para deputado estadual. Na redação do webjornal Folha do Bico, diversos lideres que trabalham de forma comissionada ou nomeada se dizem pressionadas pelos prefeitos, forçando a declaração de adesão.
Agora mais um secretário municipal foi demitido, por se posicionar contra a candidatura de Eduardo. O fato aconteceu em Carrasco Bonito, com o secretário municipal de Agricultura, Raimundo Nonato Pires de Sá, o Raimundo Banana.
Segundo informou o agora ex-secretário, o prefeito Carlos Alberto (PR), não aceitou a negativa de apoio e o exonerou. Raimundo Banana contou que o PT, ao qual é filiado, apoiou o prefeito nas eleições de 2012 e na ocasião assinou Termo de Compromisso, registrado em Cartório, onde estabelecia que em caso de eleição, o partido assumiria a Secretaria de Agricultura. “Fizemos compromisso em apoiá-lo nas eleições de 2012 e ajudar a administrar o município. Nas eleições de 2014, temos compromisso com os candidatos do PT”, disse Nonato Banana, que acusa o prefeito de abuso do poder político e utilização da maquina pública para lhe pressionar a apoiar os seus candidatos. “O Prefeito quer comprar a consciência do eleitor, mas não vão conseguir, o povo de Carrasco Bonito sabe o que é melhor para o estado”, afirma.
Outros líderes
Outros líderes ocupantes de cargos que pediram para não serem identificados, temendo represálias, afirmaram ao webjornal Folha do Bico, que casos como o de Carrasco Bonito estão acontecendo em diversos municípios onde Eduardo estaria atuando. “Virou um verdadeiro terrorismo. O Eduardo e os prefeitos estão querendo forçar uma situação que não mais cabe nos dias de hoje. Ele deveria ter mostrado trabalho e competência quando comandou o Governo do Estado. Daí não mostrou e agora se vê obrigado a comprar ou forçar apoio”, disse um secretário municipal que não quis ter sua identidade revelada. Um diretor de departamento de outra Prefeitura relatou que o clima no órgão é bastante constrangedor. “As pessoas tem vergonha de dizer que apóiam o Eduardo e de pedir voto para ele. A rejeição é muito grande. Quando se apresenta o nome dele, primeira coisa que as pessoas comentam é sobre o caso IGEPREV. Está impossível dessa forma”, relatou.




