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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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Carimbó contagia o público no encerramento do IV Festival do Ritmo

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Na cadência do carimbó, o IV Festival do Ritmo, promovido pela Fundação Carlos Gomes, encerrou a programação deste ano na noite de sábado (29). A apresentação começou com o Grupo Som de Pau Oco, que animou a plateia na sala Ettore Bósio. Difícil foi conseguir ficar sentado diante do ritmo contagiante. O motorista Lauro Correa, um dos mais entusiasmados, nunca havia entrado no Conservatório Carlos Gomes, mas quando soube que haveria carimbó na programação não perdeu a oportunidade.

“Adoro carimbó. Pra mim é uma satisfação muito grande assistir a essas apresentações no Carlos Gomes, porque é a nossa cultura dentro de um lugar que é o berço de grandes artistas”, declarou.

A última atração da noite foi o Grupo Sereias do Mar, formado só por mulheres da Vila Silva, localizada a quase duas horas da sede de Marapanim, município do nordeste paraense, referência no ritmo mais autêntico do Pará. O grupo, além de se destacar pela formação feminina, também chama a atenção pelos instrumentos, quase todos artesanais, e alguns confeccionados pelas próprias integrantes. O grupo começou a tocar para animar as festas na vila, e em 2007 foi convidado a se apresentar no Festival de Carimbó de Marapanim, onde começou a ser conhecido pelo público, e não parou mais.

Determinação – “Sempre que a gente queria ou precisava que os homens tocassem, eles nunca tinham tempo. Até que a gente resolveu aprender a tocar, pra não precisar mais deles. Mesmo sabendo que o curimbó (instrumento musical) era pesado pra gente bater, aprendemos a tocar e, quando vimos, estava com um grupo formado, só com mulheres”, contou Raimunda Carvalho, conhecida como “Bigica”.

Apesar dos constantes convites para apresentações em diversos eventos do Estado, as artistas se surpreenderam com o convite para tocar no Conservatório Carlos Gomes durante o Festival do Ritmo. “A gente nunca pensou que iria tocar aqui. Ficamos muito honradas por terem lembrado do nosso grupo. Me sinto muito feliz em representar a nossa cultura, em saber que o nosso trabalho se perpetua cada vez mais”, disse Cristina Monteiro.

O músico dinamarquês, radicado na Argentina, Carlo Seminara, se apresentou e ministrou uma oficina de música no evento.  No encerramento do festival, fez questão de assistir ao carimbó. “É uma energia incrível. É muito bom ver a alegria dessas senhoras no palco. Esse evento foi uma experiência muito rica e, com certeza, não vou esquecer daqui”, declarou.

Cerca de 600 pessoas assistiram aos shows do festival. Aproximadamente 300 músicos, profissionais e alunos de várias instituições de música, passaram pelas oficinas. Para Joel Costa, um dos organizadores do evento, o IV Festival do Ritmo teve um saldo positivo, principalmente na relação custo-benefício. “Foi um evento com baixo investimento, mas que trouxe um resultado muito bom para a escola e os alunos de percussão, mesclando conhecimento e entretenimento, mostrando a diversidade que o nosso Estado tem e somando com as informações que vêm de fora. O mais importante, no entanto, foi constatar o compromisso do Estado na continuidade de projetos importantes para a nossa educação e cultura”, ressaltou Joel Costa.

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