A elaboração do Plano Plurianual (PPA), que está em sua terceira edição, reuniu no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFTO) mais de 300 pessoas, divididas em 7 grupos temáticos que envolvem os segmentos de Produção, Infraestrutura, Segurança e Cidadania, Saúde, Conhecimento e Inclusão Social, Desenvolvimento Ambiental Sustentável e Gestão Pública. O PPA realiza as Audiências Públicas para a formatação de propostas que servirão como guia para as ações do Governo nos próximos quatro anos.
O Programa que começou no dia 19 de agosto em Guaraí, região Centro-Norte do Estado, estabeleceu trabalhos para realizar audiências em nove macro-regiões administrativa do Estado e vai atender a todas as 139 cidades do Tocantins. Na região do Bico do Papagaio, em Araguatins, foram atendidas 23 cidades que colaboraram com sugestões e idéias,
Bico
A região do Bico do Papagaio, conta hoje, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 181 mil pessoas. Atualmente, 25% delas, trabalham como autônomas, principalmente em atividades agrícolas. Mesmo assim é grande o desemprego na região, principalmente pela baixa escolaridade e conseqüente falta de mão de obra especializada. A região também possui vocação para a avicultura, tendo três polos importantes de produção que são Tocantinópolis, Cachoerinha e Ananás.
Em Aguiarnópolis, a cidade foi beneficiada com a implantação do Parque Multimodal que já está recebendo sua primeira grande indústria, uma esmagadora de soja da empresa Granol, grupo de grande participação na economia mundial com a produção de óleo, farinha de soja, e até biodiesel.
A situação do Projeto Sampaio, um dos maiores projetos de irrigação do país, está parado por falta de uma licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis.
Reivindicações
O senhor José Emílio Fonseca, pequeno produtor rural da região do Bico do Papagaio, disse nesta quinta-feira, 1, que o Governo do Estado precisa atrair mais indústrias para a região. Nós temos aqui nos virado com atividades agrícolas, avicultura, apicultura e pecuária, mas queremos mais escolas e mais indústrias para trazer melhores benefícios para nossa região.
De acordo com dona Eulália Rosa Pereira, que mora em Esperantina, é preciso melhorar o ensino das escolas da região. “A educação aqui está precisando ser bem melhorada”, argumentou a dona de casa e trabalhadora rural. Ela disse que as populações de vários pontos do Bico do Papagaio estão desiludidas, sem perspectivas para se desenvolverem. “Esta é uma boa oportunidade para a gente mostrar do que a gente precisa”, disse ela cabisbaixa.
O senhor João Paulo Assunção, que tem uma pequena criação de gado na região, disse que é preciso que o Governo recupere as estradas do Bico, pavimente outras que ainda estão causando problemas para o transporte de animais e outros produtos para venda ou distribuição.
Dona Raimunda Quebradeira, conhecida por sua luta social para melhorar a vida das quebradeiras de coco e da população do Bico do Papagaio de forma geral, disse que é preciso que o Governo Estadual afaste a miséria da região e dê condições mais dignas de vida para as pessoas da região.




