Obras inacabadas já viraram parte da paisagem urbana em diversas partes do Bico do Papagaio, tanto feitas por Prefeituras, Governo do Estado, Governo Federal e também por parte do Poder Judiciário. Em Augustinópolis uma obra chama atenção da população pelos fins a que ela serve nos últimos meses. Estamos nos referindo a obra do novo Fórum da cidade.
Lançado pessoalmente pela então presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Willamara Leila, em 27 de Abril de 2010, o prédio deveria ser um marco para o Judiciário local, que sempre funcionou e continua funcionando de forma precária, sem as mínimas condições estruturais para juiz, oficiais de justiça, secretárias, assistentes e advogados. Para se ter uma ideia, os oficiais de justiça da Comarca dividem um canto apertado em uma das salas da residência familiar onde o Fórum é sediado atualmente. Processos e documentos são facilmente vistos empilhados pelo chão e cantos da casa.
Infiltrações, goteiras e fezes de ratos se espalham pelo teto do local. Em uma só sala é sediada a sala de audiências, o gabinete do juiz e de assessores, tudo no mesmo ambiente.
Para piorar ainda mais a situação, moradores de Augustinópolis se sentem incomodados com a atual atividade praticada no novo prédio do Fórum inacabado e abandonado pelo Poder Judiciário. O local que era para servir a população e operadores do direito, virou acomodação para prostituição, venda de drogas e ultimamente servia como um motel pirata, que segundo denúncias recebidas de moradores a pernoite custa módicos R$ 10, com direito a colchonete, banho e música, caso o cliente leve seu equipamento de som, pois a energia elétrica é gratuita paga pelo Tribunal de Justiça e quartos com direito a numeração.
O prédio está abandonado e os bandidos tomaram conta do local. A comunidade fez denúncias a Polícia Civil que foi até o prédio e pôs fim ao motel clandestino que funcionava informalmente no Fórum. Embalagens de preservativos e lubrificantes sexuais são
facilmente encontrados no local.
Após a passagem da Polícia, nossa equipe esteve no Fórum e conseguiu averiguar o desperdício de dinheiro público com a obra. Sistema de combate a incêndio destruído, parte elétrica depredada, diversos e variados tipos de material elétrico abandonado, infiltrações, mato, sujeira, documentos e notas de compras se espalham pelo local.





